Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Anne Elise Cruz do Carmo |
Orientador(a): |
Marinho, Diane Ruschel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221612
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O transplante de córnea é o procedimento de maior sucesso entre os transplantes teciduais humanos e é a forma de aloenxerto mais largamente praticada e ensinada em todo o mundo. Embora seja geralmente bem-sucedido, alguns casos podem evoluir para falência do enxerto e mesmo em transplantes com transparência corneana nem sempre os resultados refracionais são satisfatórios muitas vezes relacionados com a técnica cirúrgica. O ensino do transplante de córnea no Brasil em geral é realizado após o 3o ano de residência e os resultados dos transplantes realizados pelos residentes tem relação estreita com a supervisão direta da preceptoria. OBJETIVO: Comparar a curva de sobrevida do enxerto e a qualidade visual dos transplantes de córnea realizados em hospital referência por cirurgiões experientes vs cirurgiões em treinamento sob supervisāo. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo. Foram revisados os prontuários de todos os pacientes submetidos a transplante de córnea no período de 2011 a 2013 do Hospital de Clinicas de Porto Alegre e coletados dados clínicos do pré-operatório a 36 meses pós transplante. Foram avaliados: indicação do transplante, classificação quanto ao risco de rejeição, técnica cirúrgica empregada, experiência do cirurgião executor (em treinamento vs experiente), acuidade visual pre-cirúrgica e a cada 12 meses pós- operatória, ocorrência de rejeições e falência. Para acuidade visual foram criados grupos de acordo com a melhor acuidade visual corrigida (MAVC), grupo 1 (pior que 20/200), 2 (entre 20/200 e 20/60) e 3 (20/40 ou melhor). RESULTADOS: Foram incluídos 567 transplantes, destes 315 (55,5%) realizados por cirurgiões em treinamento supervisionado e 252 (44,4%) por cirurgiões experientes. Classificou-se como de alto risco de rejeição 140 (24,6%) transplantes. A curva de sobrevida geral não mostrou diferença significativa na viabilidade em 36 meses pós-operatório entre os grupos, sendo de 83,7% entre os cirurgiões em treinamento e 88,6% nos experientes (p=0,123). Observou-se diferença na sobrevida dos transplantes quando analisados os subgrupos de baixo e alto risco em ambos os grupos de cirurgiões, 88,9% e 68,8% respectivamente no grupo dos em treinamento (p<0,001) e 91,4% e 78,4% no grupo dos experientes (p=0,005). A ocorrência de rejeição em 36 meses apresentou diferença significativa entre os grupos (p=0,001) sendo maior no grupo de cirurgiões em treinamento. Houve melhora significativa da acuidade visual tanto no grupo de cirurgiões em treinamento (Kappa= 0,935), quanto no dos experientes (Kappa= 0,112). CONCLUSÃO: O transplante de córnea é um procedimento de alta taxa de sucesso e o ensino deste procedimento cirúrgico, quando realizado sob supervisão, é bastante seguro com resultados comparáveis aos de cirurgiões experientes. |