Marcadores inflamatórios no comprometimento cognitivo leve amnéstico : estudo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rizzi, Liara
Orientador(a): Roriz-Cruz, Matheus
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/110199
Resumo: Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa e a forma mais comum de demência. Processos inflamatórios parecem desempenhar importante papel na fisiopatologia da DA. A neuroinflamação é caracterizada pela ativação da microglia e a liberação de citocinas inflamatórias, tais como IL-1β, IL-6 e TNF-α. Porém, não se sabe qual é a real contribuição destes marcadores inflamatórios no desenvolvimento da DA. Objetivos: A proposta deste estudo é avaliar a possível relação entre marcadores inflamatórios no liquido cefalorraquidiano de indivíduos com comprometimento cognitivo leve amnéstico (CCL-a), com 60 anos ou mais, e comparar com controles saudáveis da mesma faixa etária. Métodos: Foram examinadas as concentrações de IL-1β, IL-6 e TNF-α no líquido cefalorraquidiano de sujeitos com CCL-a e em controles pelo método ELISA. Diagnósticos de CCL-a foram baseados na anamnese e nos critérios de Petersen, corroborados pela escala CDR. Para avaliar a função cognitiva o teste de memória e reconhecimento de palavras do CERAD e o Teste do Relógio foram aplicados aos participantes. Para a avaliação de sintomas depressivos usou-se o GDS. Resultados: Este estudo demonstrou diminuição significativa nos níveis de IL-1β (13.735 vs 22.932 pg/mL; p <0.001) e TNF-α (1.913 vs 2.627 pg/mL; p: 0.002), mas não nos níveis da IL-6 (4.178 vs 5.689 pg/mL; p: 0.106), entre casos e controles. Indivíduos com IL-1β < 17 pg/mL possuem 7.2 (CI: 1.5-36; p: 0.016) mais chances de evoluírem à CCL-a. Além disso, houve correlação positiva entre IL-1β e a pontuação da lista de palavras do CERAD (rs: 0.299; p: 0.046). A análise de regressão linear mostrou que os níveis de IL-1β podem explicar 13.7% (β: 24.545; p: 0.012) da variância da pontuação do CERAD, o que sugere uma dependência linear direta. Conclusões: A neuroinflamação, mediada pela IL-1β e pelo TNF-α, provavelmente possui importante papel na prevenção de CCL-a.