Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Meireles, Mariana Rost |
Orientador(a): |
Salzano, Francisco Mauro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/250247
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Resumo: |
A hemofilia consiste em uma desordem da coagulação sanguínea de herança recessiva e ligada ao cromossomo X. Existem dois tipos de hemofilia, a hemofilia A e a B, causadas respectivamente por mutações nos genes F8 e F9, que codificam os fatores VIII (FVIII) e IX (FIX) da coagulação sanguínea. Conforme a deficiência do fator correspondente, a hemofilia é classificada em leve (5-40%), moderada (1-5%) e grave (<1%).Ambas as condições possuem heterogeneidade alélica, existindo uma gama de mutações reportadas como suas causas. Existem cerca de 1.451 e 667 mutações de sentido trocado reportadas nos bancos de dados da hemofilia A e B, respectivamente, tendo uma grande contribuição na determinação da desordem. Mutações de sentido trocado são alvos de investigações sobre seu impacto, uma vez que seus efeitos variam conforme a região onde ocorre a troca de aminoácidos e pela troca em si, pelas propriedades que são alteradas na substituição. É crucial, para o bom diagnóstico, acompanhamento e interferência em pacientes, que as variantes sejam corretamente interpretadas entre patogênicas ou não. O presente trabalho investigou mais de 200 variantes para entender a determinação da patogenicidade nas hemofilias. As investigações foram conduzidas através de uma abordagem in silico desenvolvida e que leva em conta as características físico-químicas da estrutura proteica para relacioná-las ao fenótipo e inferir seu efeito.A abordagem é baseada em modelagem molecular seguida da avaliação das propriedades físicoquímicas dos modelos, que são então combinadas em uma análise de clusterização hierárquica. Tal abordagem se mostrou eficiente na identificação de propriedades importantes para domínios proteicos e para determinar que tipo de atributos estão modificados nas variantes patogênicas. Assim, conseguimos acessar dados que ferramentas prévias não revelam. Também foi possível estabelecer parâmetros para variantes polimórficas e hiperativas, identificando clusters com características semelhantes e procurando estabelecer relação com o seu fenótipo. A abordagem elaborada contribui para elucidar efeitos de variantes de sentido trocado e para entender um pouco mais sobre os fatores VIII e IX, suas variantes e propriedades alteradas. Esperamos que essa abordagem possa ser expandida a uma aplicação clínica, e à outras desordens Mendelianas com heterogeneidade alélica. |