Instabilidade do ombro : variação do retardo eletromecânico em ombros saudáveis e instáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Von Kossel, Markus
Orientador(a): Castro, Flavio Antonio de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/108427
Resumo: Introdução: Instabilidades adquiridas do ombro são uma afecção comum do membro superior na prática esportiva, ocasionadas particularmente pela posição de abdução e rotação lateral da articulação glenoumeral durante movimentos explosivos. O manguito rotador proporciona grande parte da estabilidade dinâmica do ombro, sendo que nos movimentos esportivos, a estabilização necessita ser rápida para evitar a movimentação excessiva da cabeça umeral. O tempo entre a ativação do músculo e a produção de tensão é conhecida como Retardo Eletromecânico (REM), podendo este estar associado à velocidade a qual um músculo transmite sua tensão à articulação. Objetivo: avaliar o REM do músculo infraespinhal durante a rotação lateral (RL), o REM do músculo Peitoral Maior durante a rotação medial (RM) e o atraso entre a ativação do Peitoral Maior e Infraespinhal durante uma RM e relacionar estes eventos com a presença ou não da instabilidade glenoumeral adquirida. O comportamento mecânico do infraespinhal foi avaliado também por meio de mecanomiografia, possibilitando subdividir o REM em relação aos eventos elétricos e mecânicos. Métodos: Os músculos Peitoral Maior e Infraespinhal foram monitorados por eletromiografia (EMG) de superfície (2 kHz); o sinal mecanomiográfico (MMG) (2 kHz) foi coletado do Infraespinhal e os torques (2 kHz) explosivos isométricos de RM e RL do ombro foram coletados na posição do ombro de abdução e rotação lateral a 90° em um dinamômetro. Após uma avaliação funcional do membro superior, 18 indivíduos do sexo masculino, praticantes de atividade esportiva overhead, participaram do estudo, sendo nove com ombros saudáveis e nove com instabilidade glenoumeral anterior. Após a coleta e armazenamento dos sinais, esses foram filtrados e analisados. Os sinais EMG do peitoral maior e EMG e MMG do infraespinhal foram filtrados (EMG 5-500 Hz e MMG 4-400 Hz) e um envoltório linear foi calculado. O início dos sinais foi identificado usando-se o limiar de repouso + 3 desvios padrão para EMG e MMG e 2% do pico de torque para o limiar de força. Os limiares de ativação foram usados para calcular o início de cada sinal (EMG, MMG e Torque). Os intervalos de tempo entre os eventos foram mensurados e comparados entre os grupos (ombro instável, ombro contra-lateral e ombro saudável). Os picos de torque e taxa de produção do torque de RM e RL foram calculados para todos os grupos. Resultados: O REM do infraespinhal em ombros com instabilidade e nos ombros contralaterais ao instável foi menor do que nos ombros saudáveis. Pico de Torque, Taxa de Produção de Torque, atraso entre EMG do peitoral maior e EMG do infraespinhal e REM do peitoral maior não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Conclusão: Ombros instáveis e contralaterais aos instáveis apresentam adaptação crônica do manguito rotador com diminuição do REM. O REM está possivelmente associado ao aumento da rigidez dos elementos elásticos em série. O aumento da demanda pelos estabilizadores dinâmicos em decorrência da falência dos mecanismos estáticos de estabilização do ombro poderia explicar tal adaptação do infraespinhal.