Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Huber, Augusto Frederico |
Orientador(a): |
Ribeiro, Felipe Bezerra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233021
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Resumo: |
Os lagostins de água doce do Brasil pertencem ao gênero Parastacus Huxley, 1879 e têm a sua distribuição restrita à porção Sul do país, respectivamente aos estados de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS). O gênero é composto por 15 espécies, com 13 destas ocorrendo apenas no Brasil, sendo três endêmicas de SC e seis do RS. No entanto, a diversidade do gênero ainda é subestimada, com parte desta oculta nas espécies crípticas, o que foi verificado por outros estudos em Parastacus brasiliensis (von Martens, 1869). Esses crustáceos estão altamente ameaçados pelas atividades humanas, devido a suas distribuições restritas e aos seus habitats específicos. Os objetivos desta dissertação são descrever novas espécies do complexo de espécies P. brasiliensis usando uma abordagem taxonômica integrativa com dados morfológicos e moleculares, e estimar os riscos de extinção de espécies com base na Lista Vermelha da IUCN. Além disso, verificar a presença de espécies de lagostins de água doce dentro ou ao lado (zonas de amortecimento) das unidades de conservação (UC’s) do Brasil e definir as principais ameaças em cada uma dessas áreas. Para esses objetivos, foram obtidos dados públicos das UC’s brasileiras junto a instituições governamentais. Informações sobre registros de ocorrência de Parastacus foram obtidas na literatura e em coleções científicas. Os espécimes de coleções também foram analisados e comparados com outros espécimes coletados em expedições de campo em duas áreas de silvicultura no estado do Rio Grande do Sul. Os espécimes foram analisados e desenhados sob estereomicroscópio equipado com uma câmera lúcida. A análise molecular foi realizada usando um fragmento do gene mitocondrial 16S e analisada por Inferência Bayesiana e Máxima Verossimilhança e as distâncias genéticas também foram calculadas. Além disso, o risco de extinção foi avaliado de acordo com o subcritério B1 da IUCN que estima a extensão da ocorrência (EOO). Duas novas espécies de Parastacus foram descritas, Parastacus sp. nov. 1 do município de Pantano Grande e Parastacus sp. nov. 2 do município de São Jerônimo. Ambas as espécies são morfologicamente diferentes entre si e de P. brasiliensis sensu stricto. As relações filogenéticas também confirmaram a posição distinta dessas novas espécies em relação às outras espécies descritas e às linhagens do complexo propostas. Devido à falta de informações sobre sua distribuição, as novas espécies estão categorizadas como Dados Deficientes. Adicionalmente, a análise encontrou 36 registros de 15 espécies para 28 UC’s distintas do Brasil. As principais ameaças a essas unidades são desmatamento, queimadas, poluição de corpos d'água, pecuária, agricultura, agrotóxicos, urbanização e espécies exóticas. Com esses resultados, o número de espécies de Parastacus aumenta para 17 e são providos novos registros e informações sobre o habitat e distribuição das outras espécies. A presença dessas espécies nas UC’s e as informações sobre a sua situação de proteção e as principais ameaças servirão de suporte para a escolha de futuros alvos de conservação e estudos de manejo. |