Anatomia e morfologia do gênero Riccia L.(familia Ricciaceae:Marchantiophyta) no Rio Grande do Sul,Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ayub, Daniel Martins
Orientador(a): Santos, Rinaldo Pires dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196921
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo morfológico dos gametófitos, dos esporos e da esporoderme de espécies do gênero Riccia, ocorrentes no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, visando incrementar o número de características morfológicas que podem auxiliar na taxonomia da família. O inventário florístico do gênero Riccia no Rio Grande do Sul resultou no primeiro registro de R. boliviensis e R. iodocheila para o Brasil e no primeiro registro de R. squamata e R. subplana para a flora do estado. A análise da morfologia dos gametófitos, dos esporos, e ultraestrutura dos esporos, em microscopia eletrônica de varredura possibilitaram identificar uma grande variabilidade dos caracteres vegetativos e reprodutivos, permitindo a elaboração de uma chave de identificação para a família Ricciaceae para o estado. Os indivíduos amostrados foram conservados em coleção viva para a coleta dos esporos. Foram analisados esporos e a esporoderme de R. planobiconvexa, R. fruchartii, R. cavernosa, R. stenophylla e R. curtisii, sob microscopia de luz. Além disso, um estudo citoquímico foi realizado para distinguir os estratos da esporoderme e determinar sua composição química. A esporoderme apresenta uma exina triestratificada, composta por uma exina 1 lamelada, que forma as cristas e as depressões na superfície dos esporos, uma exina 2, também lamelada, porém mais delgada, ambas compostas de esporopolenina e constituindo uma ectexina, uma exina 3 espessa, composta por uma mistura de polissacarídeos e esporopolenina, formando a endexina e, por fim, uma intina pecto-celulósica. O esporos maduros apresentam uma coloração castanho-amarelada que compõe a exina 1 e 2, tanto na face distal quanto na face proximal. Porém, em uma determinada zona da face distal dos esporos, essa pigmentação é menor. Essa caraterística está associada a descontinuidades da exina 3, juntamente com projeções da intina nesta zona, as quais parecem promover um aumento da permeabilidade à entrada de água nos esporos maduros. Assim, foi possível definir uma rota apoplástica de passagem de água através da exina que, ao atingir a intina, distribui-se por todo a esporoderme.