O Rio de Janeiro de Coelho Neto : do Império à República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gonçalves, Márcia Rodrigues
Orientador(a): Zilberman, Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/157019
Resumo: Coelho Neto escreveu muito: produções para crianças (com o cunho educativo e cívico), peças teatrais, poesia, crônicas, contos e romances. Foi o escritor mais lido e aclamado no final do século XIX e início do XX não só no Brasil, mas também em Portugal. Escolhido o Príncipe dos Prosadores Brasileiros e indicado ao prêmio Nobel de Literatura, representando Brasil e Portugal, recebeu todas as láureas que alguém poderia conceber. Foi agente por ocasião dos principais momentos da História brasileira: a abolição e a República. Mesmo com esse currículo glamoroso, seu nome não consta nos livros didáticos da atualidade; sua fortuna crítica foi sendo retomada lentamente no final do século XX e ainda provoca divergência nos dias que seguem. A dualidade de opiniões deve-se à abundância de produções porque muitas delas, escritas por encomenda para poder sustentar a família numerosa, carecem de qualidade. Coelho Neto transitou entre várias escolas literárias sem, no entanto, filiar-se a nenhuma, preso em seu próprio estilo – outra dificuldade de aceitação pelos historiadores da Literatura Brasileira Quando se dedicou a observar a realidade local, preocupado em registrar o momento social e político em que vivia, no entanto, propiciou uma “crônica romanceada”, escritos nos quais a figura do escritor está refletida direta ou indiretamente. Este estudo pretende analisar três obras desse autor, quais sejam: A conquista (1899), A capital federal (1893) e O morto (1898), seguindo a cronologia histórica a que se remetem e não a data de publicação, as quais, por terem como pano de fundo acontecimentos seminais da História brasileira, como a abolição, a República e a Revolta da Armada, em conjunto, tecem um panorama sociológico e histórico da cidade do Rio de Janeiro, durante esse período.