Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rocha Júnior, Carlos Augusto de França |
Orientador(a): |
Weber, Maria Helena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/284886
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Resumo: |
A pesquisa trata das escolhas dos portais de notícias G1 e Poder 360 para abordar na cobertura jornalística as mensagens que o presidente e candidato à reeleição nas eleições presidenciais do Brasil em 2022, Jair Bolsonaro, publica no site de rede social Twitter. Considera-se a normatividade da Comunicação Pública tensionada na facticidade representada pela cobertura jornalística das publicações de Jair Bolsonaro no Twitter em seu papel duplo de presidente e candidato à reeleição com reflexos no jornalismo e na democracia. A cobertura jornalística, como representação do trabalho jornalístico, é o espaço de relação entre os portais de notícias G1 e Poder 360 com o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro sobre assuntos e posicionamentos relacionados às eleições presidenciais de 2022. As hipóteses apontam para interdições do presidente-candidato sobre os veículos de imprensa ao priorizar as redes sociais para a fala pública, e para a armadilha sobre o exercício da função pública do jornalismo de G1 e Poder 360 ao acionarem as redes sociais para referenciar Jair Bolsonaro. A fundamentação teórica trata de transformações da democracia, principalmente em um cenário de crise relacionada ao interesse público e à Comunicação Pública, na perspectiva da Comunicação Governamental. Há reflexões também sobre o jornalismo, como atividade profissional cada vez mais midiatizada e plataformizada, bem como construção discursiva com lutas de poder na busca pela supremacia de contar a história das eleições presidenciais de 2022. Na perspectiva metodológica a opção da pesquisa é pela Análise de Conteúdo (AC) e pela Análise de Discurso Crítica (ADC) operacionalizada por uma pesquisa exploratória sobre as eleições presidenciais de 2022 considerando os portais de notícias G1 e Poder 360, Jair Bolsonaro como presidente-candidato e seu perfil na rede social Twitter. As referências em estudo, representadas empiricamente por publicações dos dois portais e do presidente-candidato entre os dias 15 de julho e 30 de novembro de 2022, tratam de Temas Políticos, Sensíveis e Pessoais e são submetidas às categorias de AC; Comunicação Pública e Autopromoção, e de ADC; Intertextualidade e Representação do Evento Social. O balanço dos resultados da pesquisa aponta para disputas e parcerias envolvendo a cobertura jornalística de G1 e Poder 360 em relação a produção twiteira de Jair Bolsonaro. Há por parte dos envolvidos déficits na qualificação da Comunicação Pública, assim como a Autopromoção do presidente-candidato com ampla reprodução por parte dos portais de notícias. Apesar disso, há posturas diferentes dos portais em relação ao presidente-candidato e sua discursividade, com G1 empreendendo mais contrapontos à retórica divisiva de Jair Bolsonaro do que Poder 360 que tem uma postura de maior assimilação das falas do presidente-candidato. A conclusão é que a facticidade, representada pela cobertura jornalística dos portais de notícias G1 e Poder 360, é marcada por momentos que se afastam da normatividade da Comunicação Pública em uma falha no enfrentamento ao autoritarismo da extrema-direita representada por Jair Bolsonaro. Contudo os episódios que os veículos de imprensa, G1 em maior medida que Poder 360, fazem determinados contrapontos ao presidente-candidato e suas mensagens no Twitter representam oportunidades de defesa da Comunicação Pública como indicador de democracia. |