Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Cordini, Kariny Larissa |
Orientador(a): |
Freitas, Lucia Helena Machado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/48989
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Resumo: |
Introdução: Apesar das evidências teóricas e da importância para psicoterapia psicodinâmica, a associação de constructos psicanalíticos, como a qualidade dos cuidados parentais na infância e as relações objetais desenvolvidas na idade adulta, ainda é pouco estudada no contexto da pesquisa científica. E apesar do amplo desenvolvimento da pesquisa na área neuropsiquiátrica, pouco também se tem escrito sobre a relação de parâmetros biológicos, como a neurotrofina BDNF, e constructos psicanalíticos como estes. Este estudo foi realizado, portanto, no contexto de tentativa de aproximação das visões psicodinâmica e neurobiológica. Nosso objetivo foi avaliar a associação entre qualidade do vínculo parental na infância e as relações objetais e os níveis de BDNF em indivíduos adultos. A escolha da amostra incluindo um grupo de pacientes psiquiátricos com indicação de psicoterapia psicodinâmica, que compreende indivíduos com diferentes doenças de Eixo I e indivíduos sem diagnóstico, de acordo com o DSM-IV (chamados neuróticos), e indivíduos resilientes expostos a pelo menos um trauma maior ao longo da vida, teve como objetivo investigar essas associações dentro de um continuum saúde-doença. Métodos: Este é um estudo transversal no qual foram avaliados 63 pacientes com indicação de psicoterapia psicodinâmica e 22 indivíduos resilientes através do 'Parental Bonding Instrument' (PBI) e do 'Bell Object Relations and Reality Testing Inventory – Form O' (BORRTI-O). Todos os participantes tiveram seus níveis séricos de BDNF dosados pelo método Elisa no momento da inclusão no estudo. Resultados: PBI e BORRTI-O foram correlacionados em toda a amostra. Indivíduos resilientes apresentaram maiores escores de afeto materno (p<0.001) do que pacientes de psicoterapia; e maiores escores de afeto paterno (p=033) do que pacientes de psicoterapia com diagnóstico de Eixo1. Quanto ao padrão das relações de objeto, pacientes de psicoterapia apresentaram maiores índices de 'egocentrismo' (p=0.013) e 'vínculo inseguro' (p<0.001); e pacientes de psicoterapia com diagnóstico psiquiátrico de Eixo 1 apresentaram maiores índices de 'alienação' (p<0.001), 'incompetência social' (p=0.024) e ainda, maiores níveis de BDNF (p=0.026) do que indivíduos resilientes. Houve menor prevalência dos tipos de parentagem com afeto (p<0.001) e maior prevalência do tipo de parentagem sem afeto/com controle (p<0.001) nas mães dos pacientes de psicoterapia. O BDNF foi inversamente correlacionado com 'cuidado materno' (p=0.01) na amostra total. Discussão: Este estudo sugere que a qualidade do vínculo parental na infância está relacionada com a qualidade das relações objetais na idade adulta, assim como aponta a literatura psicanalítica. E embora não seja possível fazer hipóteses definitivas, devido às limitações do estudo, a associação entre cuidado materno e baixos níveis de BDNF em adultos expostos a estresse, pode representar um dos múltiplos mecanismos potencialmente envolvidos no impacto das primeiras experiências interpessoais na capacidade de adaptação na vida adulta, incluindo a qualidade das relações interpessoais e a resiliência diante de situações estressoras. Essa hipótese para o BDNF é bem preliminar e se constitui numa primeira tentativa de correlacionar uma variável biológica com o impacto das relações precoces na vida adulta e num estímulo para novos estudos. |