Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Luana Lavagnoli |
Orientador(a): |
Kobiyama, Masato |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/238381
|
Resumo: |
Os índices e indicadores são amplamente usados para mensurar a vulnerabilidade a inundações, uma vez que a vulnerabilidade é uma grandeza multidimensional englobando aspectos sociais, econômicos, ambientais, culturais e físicos. No entanto, a construção desses índices carregam incertezas que são raramente consideradas. Assim, o principal objetivo desta tese é verificar a a sensibilidade de índices de vulnerabilidade a inundações por meio da mudança de parâmetros de entrada. Para isso, realizou-se (1) uma busca de deficiências nos estudos de índices de vulnerabilidade; (2) verificou-se o efeito da utilização de diferentes métodos de normalização, agregação e classificação dos índices de vulnerabilidade a inundações; e (3) foram avaliadas a sensibilidade e as incertezas envolvidas na atribuição de pesos aos indicadores de vulnerabilidade. Os estudos foram desenvolvidos na bacia do rio Maquiné, localizada na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul (Brasil), região serrana onde os eventos de inundação são frequentes e afetam a população todos os anos. Dos 95 artigos analisados, encontramos lacunas relacionadas à falta de análise de sensibilidade e incerteza na escolha de métodos normalização, ponderação e agregação (presentes em apenas 9,5% dos artigos), validação inadequada ou inexistente dos resultados (presente em 13,7% dos estudos), falta de transparência quanto à fundamentação da ponderação e seleção de indicadores, e uso de abordagens estáticas, desconsiderando a dinâmica temporal. A escolha de diferentes métodos de normalização resulta em baixa sensibilidade. Por outro lado, na análise do método de agregação dos indicadores, observou- se que a escolha do método geométrico produziu diferenças substanciais na vulnerabilidade espacial e tendeu a subestimá-la. Além disso, a classificação da vulnerabilidade levou a resultados excessivamente sensíveis. Quando exploramos as mudanças na vulnerabilidade a inundações usando ponderação igual e aplicando pesos derivados de dados de pesquisa participativa, foi observado pouco efeito nos resultados de vulnerabilidade. Além disso, a preferência dos pesos dos indicadores não diferiu significativamente entre as distintas características socioeconômicas dos participantes. Os resultados obtidos podem apoiar os tomadores de decisão na redução da incerteza e no aumento da qualidade das avaliações de vulnerabilidade a inundações. |