Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lais Gliesch |
Orientador(a): |
Nunes, Guilherme Tavares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/247030
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Resumo: |
As variações espaço-temporais na disponibilidade de recursos alimentares representam um desafio á sobrevivência de organismos especialistas. O ostreiro Americano (ou só “ostreiro”) Haematopus palliatus é uma espécie costeira, considerada especialista na predação de moluscos bivalves, contudo, o ambiente e as espécies disponíveis para a sua alimentação variam ao longo da sua distribuição. A plasticidade trófica associada à disponibilidade de presas e habitat em áreas de alimentação e reprodução foi hipotetizada. Entre 2017 e 2021, foram amostrados 100 indivíduos em cinco áreas reprodutivas no sul do Brasil, sendo três compostas de substrato misto (arenoso e rochoso) e duas de substrato arenoso. A disponibilidade de macroinvertebrados bentônicos foi avaliada no substrato arenoso, na zona de mesolitoral. Amostras de músculo de presas potenciais e do sangue de H. palliatus foram utilizadas para análise de isótopos estáveis de carbono (į13C) e nitrogênio (į15N). A variação espaço-temporal da dieta do ostreiro foi observada através de modelos de mistura e nicho isotópico, sugerindo que é influenciada pela variabilidade de habitats de alimentação, e flutuações nos recursos alimentares. Em praias de substrato misto, o ostreiro apresentou nichos isotópicos mais amplos, sugerindo um aumento na riqueza de presas com a disponibilidade de habitats para o forrageio. A contribuição média de bivalves para a dieta do ostreiro foi de cerca de 60%, mas as espécies preferenciais de bivalves variaram entre as áreas de amostragem. Houve variação interanual na dieta associada à variação na disponibilidade de macroinvertebrados em praias arenosas, em especial de outros grupos taxonômicos (i.e. não bivalves). Portanto, embora o ostreiro seja apontado como especialista em bivalves, a espécie apresentou plasticidade trófica influenciada pela variação temporal na disponibilidade de alimentos e heterogeneidade de habitat de forrageio, moldando a composição da dieta, representando um potencial para adaptação local e diferenciação intraespecífica em aves costeiras residentes. |