Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Juliano Florczak |
Orientador(a): |
Steil, Carlos Alberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/96151
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa consiste em, a partir de um trabalho de campo de caráter etnográfico, seguir as plantas dos moradores do município de Guarani das Missões, noroeste do Rio Grande do Sul, destacando as tramas entre os vegetais e as religiosidades populares. Para tanto, fiz uso da técnica de pesquisa conhecida como observação participante e também mantive um diário de campo. Durante o trabalho de campo, conheci dezenas de espécies de ervas, dentre as quais selecionei as mais relevantes para refletir sobre as relações entre humanos e não humanos. Os caminhos dessas plantas me levaram a abordar, além dos itinerários religiosos, as relações entre mercadoria e dádiva, as medicinas populares, bem como a noção de corpo. Aceitando as provocações da chamada virada ontológica em antropologia e o convite, feito pelos recentes desdobramentos da obra de Tim Ingold, de seguir os fluxos de materiais, pude perceber o quanto as plantas são perpassadas por fluxos de diferentes ordens, de tal modo que as fronteiras entre elas e o mundo ficam borradas. Além disso, para acompanhar as rotas das plantas, tampouco as noções das ciências sociais puderam ser invólucros. Assim, as reflexões sobre os apontamentos do trabalho de campo tiveram que estar abertas aos deslizes do mundo. De modo similar, a singularidade da humanidade precisou ser suspensa, pois tanto humanos quanto não humanos testemunham o mundo. Ainda que isso signifique uma ênfase na continuidade, não implica em ausência de interrupções ou em homogeneidade. Expressa, contudo, que as trajetórias das plantas e das outras coisas são criativas. |