Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Guilherme Oyarzabal da |
Orientador(a): |
Rodrigues, Murilo Guimarães |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/245924
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Resumo: |
Ecossistemas campestres representam a maior parte da área agrícola do mundo. Das atividades antrópicas comuns em campos, a pecuária tem como objetivo a produção, principalmente, de carne, leite e couro. Como efeito do pastejo, campos acabam tendo a sua biomassa vegetal acima do solo removida, o que pode contribuir positivamente para a diversidade vegetal e animal. Entretanto, quando em alta intensidade, a pressão de pastejo degrada o ambiente, homogeneizando o habitat e promovendo a perda de diversidade em diferentes níveis tróficos. Plantas e artrópodes figuram como os principais elementos bióticos em ecossistemas campestres, tendo papel fundamental na engenharia destes ambientes. De forma particular, o pastejo afeta plantas através de danos físicos e diminuição na riqueza de espécies. Ao mesmo tempo, artrópodes sofrem perdas importantes em sua abundância e na sua riqueza de táxons. Desta forma, impacto intenso do pastejo afeta de forma ampla a saúde ambiental de ecossistemas campestres. Considerando o pastejo como eixo central desta tese e aranhas como um organismo modelo, eu busquei investigar: (i) através de uma extensa revisão bibliográfica, como a pressão direta e indireta de pastadores afeta a abundância, a riqueza e a funcionalidade das aranhas; (ii) através de um estudo populacional, como diferentes níveis de pastejo afetam a abundância de aranhas e; (iii) através de um estudo com individuos, como o pastejo afeta a interação de aranhas e plantas. Concluo que aranhas são um componente essencial na saúde de ecossistemas campestres e sua variabilidade intrínseca é chave para entender a relação de impactos antrópicos. Isto se torna mais evidente devido a relação direta da exclusão de aranhas no ambiente e a remoção da vegetação causada pelo pastejo. A presença de aranhas, a manutenção de suas populações e, por consequência, seus serviços ecossistêmicos, estão à mercê de que o impacto antrópico exista ou não nos ambientes campestres. Em suma, apesar da relevância ecossistêmica de artrópodes o grupo é vastamente desprezado em termos de conservação e manutenção das populações. Alternativas sustentáveis para a produção de comida assim como a restauração dos ecossistemas campestres é urgente. A nossa frente temos um eminente colapso ambiental e a conservação de artrópodes, aranhas e ecossistemas campestres é essência para evitá-lo. |