Empilhamento de rejeito : retroanálise de uma pilha experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Chaves, Laís Rodrigues da Costa
Orientador(a): Heineck, Karla Salvagni
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264002
Resumo: O principal minério produzido no Brasil é o de ferro, utilizado principalmente na fabricação de aço e ferro fundido. O processo de extração de depósitos de minério abrange diversas atividades vinculadas à pesquisa, extração, tratamento e beneficiamento do recurso mineral, sendo que neste último são geradas grandes quantidades de resíduos em forma de polpa, que são comumente dispostos em barragens. Recentemente, graves acidentes ocorridos após o rompimento dessas estruturas levaram à busca de métodos construtivos mais seguros. Neste sentido, esta tese busca analisar o comportamento mecânico de uma pilha experimental construída a partir de rejeito de minério de ferro filtrado estabilizado com cimento Portland CPV. O programa experimental foi estabelecido com o objetivo de realizar uma retro análise de uma pilha experimental de rejeito de minério de ferro filtrado, executada a partir de uma parceria entre a UFRGS e a empresa VALE S.A. A escolha do teor de cimento, teor de umidade e características de compactação foram baseados no estudo de Chaves (2023). Após a construção da pilha, foram coletadas amostras indeformadas em dois momentos, logo após a compactação e após um período de cura em campo. Foram então realizados ensaios mecânicos e microestruturais buscando-se comparar a cura realizada em laboratório e em campo. A partir do estudo estatístico, ao compararmos as médias ajustadas, as amostras curadas em campo apresentaram um comportamento mecânico levemente superior ao das amostras curadas em laboratório, comportamento também identificado no gráfico tensão-deformação, que exibiu uma curva com o pico ocorrendo a maiores deformações. A retroanálise indicou que as amostras compactadas em campo tiveram uma resistência à compressão baixa, resistência à tração próxima, e elevada rigidez, quando comparadas às amostras moldadas em laboratório com as mesmas características de campo. Os resultados da análise como um todo, se mostraram satisfatórios, assim é possível afirmar que o método pode ser extrapolado para o campo, sem grandes interferências devido à cura em campo.