Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Maraschin, Bruna Jalfim |
Orientador(a): |
Rados, Pantelis Varvaki |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143622
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Resumo: |
OBJETIVO: O primeiro objetivo deste trabalho foi avaliar, através da citopatologia e da técnica de AgNOR, as taxas de proliferação celular da borda de língua e assoalho de boca de indivíduos que abandonaram o hábito tabágico e de indivíduos que nunca fumaram, ao longo de um ano. O segundo objetivo foi avaliar a influência da condição de higiene bucal na velocidade de proliferação da mucosa bucal de sujeitos não expostos ao tabaco e ao álcool. MÉTODOS: Foram incluídos na amostra inicial 99 indivíduos. As coletas foram realizadas em borda de língua e assoalho de boca, em um momento inicial (baseline), após em média 6 meses (6 meses) e após 12 meses (12 meses). Os participantes foram divididos em três grupos de acordo com os seguintes critérios: Grupo Controle (GC) (n=44): indivíduos atendidos na Faculdade de Odontologia da UFRGS (FO-UFRGS), que nunca fumaram, e que ingeriam até 2 doses (28g) de álcool por semana. Grupo de indivíduos que abandonaram o tabagismo (GAT) (n=22): indivíduos em acompanhamento no Grupo de Apoio ao Fumante do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (GAF-HCPA), que fumavam no momento do inicial do trabalho, e que ao longo do tempo cessaram o hábito tabágico, alcoolistas ou não. Grupo de Tabagistas (GT) (n=33): indivíduos em acompanhamento no GAF-HCPA, que fumavam no momento do inicial do trabalho, e que não cessaram o hábito tabágico ao longo do acompanhamento, alcoolistas ou não. As amostras foram sujeitadas à técnica de AgNOR e quantificadas por três examinadores previamente calibrados. A média de AgNOR por núcleo (mAgNOR) e a porcentagem de células com mais de 3 AgNORs (pAgNOR>3) foram calculados nas 50 primeiras células, nucleadas, não sobrepostas, e bem distendidas. Os dados da condição de higiene bucal (perda dentária, sangramento gengival e profundidade de sondagem) foram obtidos nos registros dos prontuários disponíveis na FO-UFRGS. RESULTADOS: Na coleta baseline, os grupos expostos ao fumo (GAT e GT) apresentaram os valores da velocidade de proliferação celular maiores quando comparados aos indivíduos do GC. Ao longo do tempo, os indivíduos do GAT apresentaram uma redução da taxa de proliferação celular em ambos os sítios analisados, até atingir valores semelhantes aos do GC. Os resultados deste estudo, ainda, sugerem que a variação individual de mAgNOR dos indivíduos do GC, ao longo de um ano de acompanhamento, é de no máximo 23% para o sítio borda de língua, e de 18% para o sítio assoalho de boca. Indivíduos com mais de 3 dentes perdidos apresentam valores superiores de mAgNOR quando comparado com sujeitos com menos de 3 dentes perdidos, no sítio borda de língua (p<0.01). CONCLUSÕES: Indivíduos não expostos ao tabaco e ao álcool apresentam a contagem de AgNOR similar ao longo de 12 meses de acompanhamento, com variações pouco significativas. A partir dos resultados deste estudo pode-se concluir que a cessação do hábito tabágico reduz a velocidade de proliferação celular da mucosa bucal. |