Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tesche, Viviane Rascovetzki |
Orientador(a): |
Machado, Paula Sandrine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280759
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo analisar diversas dinâmicas políticas, culturais e subjetivas envolvendo negociações identitárias, bem como performances de gênero e sexualidades, a partir de uma festa – a Lez Girls Party. Tal festa existiu em Porto Alegre/RS, entre 2010 e 2020, sendo, portanto, datada e localizada. Ao longo de uma década, ela passou por inúmeras mudanças, que acompanharam transformações de seu público, do contexto político da cidade, de tendências sonoras e estéticas. A partir da análise de postagens em redes sociais e de entrevistas semi-estruturadas com frequentadoras da festa, foi possível concluir que ela pode ser entendida como agente de produção de subjetividades, uma vez que seus arranjos possibilitaram uma série de reflexões. Além disso, através dela foi encontrado um jeito potente e coletivo para que se pudesse falar sobre lesbianidades. Conforme foi se formando um clima de “comunidade Lez”, também foi possível que emergissem inúmeras diferenças entre as pessoas envolvidas, sendo possível concluir que essa se trata de uma comunidade heterogênea, composta por pessoas que são atravessadas por diferentes recortes de raça, classe, performances de gênero, entre outros marcadores e, que, portanto, não se identificam de forma única. Ao longo da pesquisa, foram encontrados indícios da existência de angústias e tensões referentes à autoidentificação enquanto lésbica ou bissexual, assim como relacionadas à autoidentificação enquanto mulher lésbica ou pessoa não-binária. Ao mesmo tempo, ainda que a dicotomia assumir/não assumir alguma identidade seja possível para alguns corpos, outros, principalmente aqueles em desconformidade com os padrões cisheteronormativos, independente da forma como se identifiquem, estarão sujeitos a maiores violências externas em função da expressão de gênero, conjugada a outros marcadores sociais. Além disso, foi possível perceber, que para além de um local de diversão, a festa também serviu como um espaço em que dinâmicas políticas puderam acontecer. |