Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Wagner, Thaiani Rafaela |
Orientador(a): |
Spinelli, Priscilla Tesch |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248043
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é investigar a formação da disposição [hexis] virtuosa do agente ético através do processo conhecido como habituação [ethos]. Neste sentido, busco compreender porque viver uma vida feliz pressupõe possuir uma disposição para bem sentir e deliberar e qual é o papel que o hábito desempenha no desenvolvimento do caráter do aprendiz – que, tendo adquirido a disposição, se torna um agente suficientemente instruído no caminho da virtude, sendo capaz de escolher realizar boas ações por si mesmo. A questão central que guia a discussão é como acontece a passagem de adquirir a virtude ética para que, de fato, se realize ações virtuosas. Defendo que tal passagem não é por pura repetição mecânica, mas que, antes, envolve um complexo e importante processo educativo. Ser uma pessoa que sente bem, delibera bem e age bem nos diferentes contextos e circunstâncias que se apresentam no mundo exige a participação de um educador moral. Esse caminho de ensino pressupõe que o aprendiz moral tenha seu desejo educado; e essa educação, num primeiro momento, depende de orientação e determinação (racional) externa – eis a necessidade dos educadores, aqueles que nos guiam através da sua razão e dos seus exemplos de bom e nobre. Para que essa educação tenha efeito, chamo a atenção para a função do prazer e da vergonha como direcionadores e motivadores das ações: é através deles que aprendemos a amar o nobre e detestar o vil. Neste exercício, passamos a reconhecer – por nós mesmos, num crescente desenvolvimento cognitivo – aquilo que é o melhor a ser feito em cada circunstância e passamos a usar da nossa própria razão e do nosso próprio sentir para agir virtuosamente. |