Modelo para Identificação e Gerenciamento do Grau de Risco de Empresas - MIGGRI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Souza, Joana Siqueira de
Orientador(a): Kliemann Neto, Francisco Jose
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/37368
Resumo: A Gestão de Riscos tem sido uma problemática bastante discutida nos últimos tempos. A necessidade de identificar, medir e controlar o grau de risco nas empresas tem aumentado na medida em que aumentam também as incertezas que circundam as organizações. Entretanto, a gestão de riscos tem sido muito discutida no ambiente de projetos, quando se busca avaliar os riscos associados a um projeto de investimento. Porém, apesar desta informação ser importante e necessária, atualmente se faz necessário ampliar as informações de risco, buscando identificar os riscos que afetam a empresa como um todo, focando em seus diferentes tipos de negócio. Neste contexto surge a Gestão de Riscos Corporativos (ou Enterprise Risk Management – ERM), metodologia que busca identificar, medir e controlar riscos de negócio e é o tema desta pesquisa. Para a Gestão de Riscos Corporativos já foram desenvolvidos modelos como o COSO (2007) e normas como a AS/NZS 4360 (1999) e a NBR ISO 31000 (2009), porém nestes modelos muita atenção é dada às etapas a serem desenvolvidas para uma gestão completa, sem associar claramente as ferramentas e conceitos que devem ser usados em cada etapa, bem como há um foco restrito aos aspectos quantitativos, havendo dificuldade para o tratamento de riscos classificados como qualitativos. Desta forma, este trabalho apresenta a construção de um Modelo Conceitual para Gestão de Riscos Corporativos, o qual foi validado através de um Estudo de Campo em duas empresas que possuem o processo de ERM relativamente estruturado. Como resultado gerouse um Modelo Preliminar, cujo principal objetivo é criar um conjunto de indicadores parciais e global que auxiliem os gestores a controlar os riscos aos quais seus negócios estão expostos, permitindo a comparação entre diferentes Unidades de Negócio (UN) de uma mesma organização. O Modelo Preliminar está apoiado em uma estrutura matricial de controle e é composto por seis fases: (i) Estruturação e Planejamento – focada em organizar o processo de Gestão de Riscos na empresa; (ii) Contexto de risco – cujo objetivo é identificar e ranquear os riscos aos quais as UNs estão expostas; (iii) Grau de exposição ao risco – fase que visa avaliar quanti e qualitativamente os riscos priorizados na fase anterior, buscando calcular os indicadores de riscos propostos, gerando o Grau de Risco de cada UN; (iv) Grau desejado de exposição ao risco – fase que busca identificar o grau de tolerância ao risco desejado pela empresa, com intuito de alinhar o grau de exposição calculado ao tolerado pela organização; (v) Tratamento dos riscos – fase onde os riscos críticos são identificados e ações de contingência são propostas para o ajuste do Grau de Risco em cada UN avaliada; e (vi) Monitoramento dos riscos – fase de gerenciamento contínuo dos riscos, onde responsabilidades de controle são definidas, visando um monitoramento horizontal dos riscos, comparando as diferentes UNs da organização. Este Modelo Preliminar foi aplicado em uma empresa de grande porte do setor de construção civil, sendo avaliadas suas duas UNs. Durante a aplicação, todas as seis fases foram realizadas, sendo possível calcular o Grau de Risco de cada UN, definindo ações contingenciais para os riscos mais críticos, estruturando um processo de controle formal e alinhado às expectativas da organização. Por fim, foi gerado um modelo final, chamado MIGGRI – Modelo para Identificação e Gerenciamento do Grau de Risco de Empresas, com algumas modificações realizadas devido à aplicação prática, concluindo-se que o modelo desenvolvido preenche as lacunas identificadas na literatura sobre Gestão de Riscos, contribuindo para esta ascendente área de pesquisa.