Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Josiane de |
Orientador(a): |
Ostermann, Fernanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/217486
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Resumo: |
Nesse trabalho nos dedicamos a buscar perspectivas teórico-metodológicas que pudessem nos auxiliar na concepção da educação científica para a formação no âmbito das Licenciaturas em Educação do Campo. Inicialmente, realizamos uma breve retomada histórica das áreas de Educação em Ciências e Educação do Campo, no contexto brasileiro, para compreender como essas áreas se desenvolveram e com quais vozes têm dialogado ao longo de sua história. Na sequência, apresentamos nosso marco teórico da filosofia da linguagem de Bakhtin e a análise Bakhtiniana de trabalhos acadêmicos, encontrados em nossa revisão bibliográfica, produzidos pela área de Educação em Ciências, que buscam articulação com a Educação do Campo. Da análise realizada e da compreensão das histórias das áreas, evidenciamos a perspectiva crítica como voz comum entre os pesquisadores em Educação do Campo e alguns pesquisadores da Educação em Ciências. Desenvolvemos uma concepção inicial de educação científica do campo, afastada das visões capitalistas urbanocêntricas e da racionalidade técnica, e que relacionasse conceitos científicos aos propósitos da Educação do Campo. A partir dessa primeira conceituação, identificamos a voz dominante dos pesquisadores em Educação do Campo acerca da formação docente e encontramos alinhamento entre essa voz e o modelo de formação docente baseado na racionalidade crítica. Apoiadas, então, na racionalidade crítica, nos apropriamos da construção teórica de José Contreras (2012), que propõe o modelo de docente intelectual crítico para aprofundar a concepção de formação do professor de ciências no âmbito da Educação do Campo. Na tentativa de delinear um currículo para as Licenciaturas em Educação do Campo, partimos do diálogo com as vozes dos autores da área de Educação do Campo sobre o currículo da formação docente, que se alinhou às teorias críticas de currículo. No âmbito da Educação em Ciências, dialogamos com as vozes críticas da perspectiva curricular que aproxima as ideias de Paulo Freira à abordagem CTS, e concluímos nossa proposta com as vozes de Boaventura de Sousa Santos e de Hugh Lacey, que contribuem para a revisão da concepção de ciência a ser incorporada nas perspectivas curriculares coerentes com nossa proposta de educação científica do campo. Por fim, ressaltamos os principais aspectos de nossa construção da educação científica do campo para a formação no âmbito das Licenciaturas em Educação do Campo e os desafios, relacionados a questões pedagógicas e à conjuntura política atual, que diagnosticamos estarem na contramão dessa concepção. |