Comportamento produtivo e fisiológico de três cultivares de videira submetidas a duas safras por ciclo vegetativo pelo manejo da poda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Anzanello, Rafael
Orientador(a): Souza, Paulo Vitor Dutra de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Uva
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17077
Resumo: Foram avaliadas épocas de poda de inverno (PI) e de poda verde (PV) para antecipar a primeira safra e obter uma segunda safra de uva nas cultivares de Vitis labrusca Niágara Branca, Niágara Rosada e Concord, conduzidas no sistema de espaldeira. O experimento foi realizado na Estação Experimental da UFRGS em Eldorado do Sul - RS, na safra 2007/2008. As plantas foram submetidas aos seguintes tratamentos: Testemunha 1 (PI em 20/07/07 - sem PV), Testemunha 2 (PI em 22/08/07 - sem PV), T1 (PI em 20/07/07 e PV em 15/11/07), T2 (PI em 20/07/07 e PV em 17/12/07), T3 (PI em 22/08/07 e PV em 15/11/07) e T4 (PI em 22/08/07 e PV em 17/12/07), sendo a PI feita em cordão esporonado e a PV mediante desponte do sarmento a partir da quarta gema acima do último cacho. Avaliou-se a duração dos estádios fenológicos, as épocas de colheita de cada safra, a produção por planta, a massa dos cachos, os sólidos solúveis totais (SST), a acidez total titulável (ATT), a relação SST/ATT, o índice de área foliar (IAF), o potencial da água na folha e o conteúdo de reservas nos ramos. A antecipação da PI permitiu adiantar, para um período de menor oferta, a colheita da primeira safra nas cultivares Niágara Branca, Niágara Rosada e Concord. O tratamento T3 foi o mais eficiente para o alcance de uma segunda safra de uva no mesmo ciclo vegetativo da videira, sendo colhidos 1,26 kg planta-¹ para a 'Niágara Branca', 0,84 kg planta-¹ para a 'Niágara Rosada' e 0,48 kg planta-¹ para a 'Concord'. O número de brotações provenientes da PV correlacionou-se com a quantidade e a qualidade de uva produzida, em ambas as safras, assim como com o IAF e o conteúdo de reservas acumuladas nos ramos da videira ao longo do ciclo. Os frutos oriundos da PV apresentaram menor valor de SST, maior ATT e menor relação SST/ATT, comparativamente aos obtidos na safra normal. Com a adoção da prática da PV houve uma redução no teor de substâncias de reservas totais nos ramos, em relação as plantas testemunhas. O manejo adotado permite ao viticultor um incremento na quantidade de frutos colhidos, porém leva a um esgotamento energético excessivo às plantas se empregado anualmente.