Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Vanessa Santana |
Orientador(a): |
Amador, Tania Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/272986
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Resumo: |
Objetivos: Revisar sistematicamente estudos sobre questões da judicialização de medicamentos no Brasil e descrever o perfil dos medicamentos solicitados por ações judiciais e autorizados por bloqueio de valores no estado do RS. Métodos: Os artigos da revisão sistemática foram identificados nas bases de dados Scielo, Lilacs, Pubmed via Medline, Embase e Scopus, além da Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme). Utilizou-se como limite os estudos publicados no período de 2000 a 2013. A pesquisa das ações judiciais no RS seguiu o modelo de estudo transversal, com análise documental e analisou demandas de acesso a medicamentos por via judicial junto a SES/RS, no período de outubro de 2012 a março de 2013. Resultados: Na revisão sistemática foram identificados 45 artigos, dos quais foram selecionados 17 artigos. 47% foram publicados nos anos de 2010 e 2011 no Brasil (94,1%). Foram analisados 18.433 processos de aquisição de medicamentos por meio da via judicial no período de 2005 a 2013. Em sete estudos os usuários foram representados por defensores públicos e cinco por advogados particulares. Em duas pesquisas o objetivo das ações judiciais foi o tratamento de doenças raras e cinco indicaram o Diabetes mellitus como a doença mais frequente. Insulina glargina foi o medicamento mais solicitado (f=5), seguido de adalimumabe, etanercepte e infliximabe (f=4). Na pesquisa conduzida na SES/RS foram identificadas 650 demandas com 1.109 medicamentos solicitados. A mediana dos valores foi de R $ 369,48 (min. de R $ 12,50; max. R $ 294,000.00 ) . O total de valores envolvidos nesta amostra foi de R$ 1.866.902,61. O número médio de medicamentos por casos foi de 1,7 (DP=1.25/min=1/máx=11). As doenças do sistema nervoso foram as que apresentaram a demanda mais frequente. Cerca de 63% dos medicamentos pleiteados não foram incluídos na lista de medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde. 18,9% pertencem ao componente básico, 12,3 % para a especializada 1,3 % e 3,8% para a lista de financiamento estratégico e especial do RS. 7,4 dos medicamentos consumiam 80 % dos recursos totais envolvidos nas ações. Conclusões: De acordo com os dados da revisão sistemática o perfil dos autores das ações são portadores de doenças crônicas que buscam a Defensoria Pública para adquirir medicamentos. Na pesquisa na SES/RS a maioria dos pedidos foi feito diretamente pelo processo judicial sem pedido prévio à SES. Aparentemente, no estado do RS, os tribunais têm sido usados indiscriminadamente, porque a maioria não exigiu os medicamentos para o Estado antes da ação judicial. Ignorar os procedimentos estipulados pelo departamento de saúde pode aprofundar a interrupção dos serviços farmacêuticos. |