Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Sánchez, Leticia Beatriz |
Orientador(a): |
Moreira, José da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/116784
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Resumo: |
Introdução: Cerca de metade dos pacientes transplantados de pulmão morrem dentro de cinco anos após o procedimento. As perdas estão com a complexidade pós-operatória inicial (falência precoce do órgão), com infecções, (bacterianas ou fúngicas) e, muito raramente, a episódios de rejeição de difícil controle. Em momento posterior, a rejeição crônica, manifesta sob a forma de bronquiolite obliterante, surge como outra causa adicional. Objetivos: O objetivo do presente estudo é o de analisar a associação ente infecção por CMV, rejeição e o desenvolvimento de Bronquiolite Obliterante, em pacientes transplantados de pulmão, submetidos à profilaxia universal com ganciclovir endovenoso. Material e Métodos: Estudo de coorte histórica, realizado no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, hospital terciário de 1200 leitos, e Centro de Referência na América Latina de Transplante de Órgãos Sólidos. Os pacientes foram submetidos a transplante pulmonar entre Março de 1999 e Fevereiro de 2004. Todos os pacientes incluídos no estudo receberam esquema de imunossupressores, constando de prednisona, azatioprina e ciclosporina (ou esquema alternativo determinado pela impossibilidade de utilização destas drogas). Nos mesmos, após o transplante, foi implementado o protocolo de profilaxia universal com ganciclovir endovenoso, na dose de 10 mg/kg/dia por 3 semanas, seguindose a administração de 5 mg/kg/dia por 3 a 12 semanas, independentemente da sorologia prévia do receptor para o CMV Infecção por CMV foi definida como detecção de CMV pp65 em granulócitos pelo método de anticorpos monoclonais (Clonab-Biotest, Germany), e os resultados de antigenemia positivos eram reportados como o número de células positivas por granulócitos circulantes no soro. Os pacientes eram monitorizados semanalmente para antigenemia pp65 durante as primeiras 3 a 12 semanas após o transplante pulmonar (período de risco aumentado para infecção por CMV) e, posteriormente, a cada 15 dias, durante 12 meses. Testes adicionais foram realizados baseados em suspeita clínica de infecção. O diagnóstico de bronquiolite obliterante (BO) foi estabelecido de acordo com a classificação clínica da síndrome de bronquiolite obliterante (SOB) da Sociedade Internacional de Pulmão e Coração (1993), e/ou por exame anátomo-patológico de material de biópsia transbrônquica ou de pulmão a céu aberto. Resultados: Durante o período de entre março/1999 e fevereiro/2004 foram realizados na instituição 106 transplantes pulmonares. Vinte e quatro pacientes (22,6%) foram excluídos em decorrência de óbito no primeiro mês pós-transplante pulmonar, e os outros 10 foram excluídos por se tratarem de casos de transplante pulmonar intervivos, resultando o número total de 72 pacientes submetidos à análise definitiva. A idade média dos pacientes era de 51.2 anos (7-72 anos), e a maioria deles (65.9%) eram do sexo masculino. A influência do número de infecções por CMV não foi significativa para o desenvolvimento de Bronquiolite Obliterante, estando presente em 38,4% dos pacientes infectados. Por outro lado, mostrou-se significativa a associação entre o número de episódios de Rejeição Aguda e o desenvolvimento de BO (55,9% dos casos), e a relação com o sexo feminino, tanto do doador quanto do receptor, mostrando-se este sexo atuar como fator protetor contra o desenvolvimento d BO (34,2%). Conclusões: O presente estudo mostrou que o desenvolvimento de rejeição crônica, sob a forma de bronquiolite obliterante, encontrou-se diretamente associado com o número de episódios de rejeição aguda apresentado pelos pacientes transplantados, com a natureza da doença de base, em especial enfisema, com o tempo de sobrevida após o transplante, e com o tempo em lista de espera. Não se observou, por outro lado, que o número de infecções por CMV tivesse aumentado a incidência de BO. Como observado em outros centros, o sexo feminino, tanto do doador como receptor, parece proteger contra o desenvolvimento da bronquiolite obliterante. |