Tingis americana DRAKE (HEMIPTERA, TINGIDAE) : biologia em Handroanthus heptaphylus e Handroanthus chrysotrichus (BIGNONIACEAE) e descrição das ninfas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Moreira, Daiane Carvalho
Orientador(a): Redaelli, Luiza Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/129467
Resumo: No Jardim Botânico de Porto Alegre (JB), ninfas e adultos de Tingis americana Drake, 1922 foram encontrados alimentando-se de folhas de Handroanthus heptaphyllus e H. chrysotrichus, causando morte de mudas. Este é o primeiro registro de T. americana nestas espécies hospedeiras e no Rio Grande do Sul. O objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento ninfal nestes dois hospedeiros e registrar parâmetros reprodutivos em H. heptaphyllus a 25 ± 1 ºC; 60 ± 10% UR; fotofase de 16 horas. Também foi realizada a descrição das ninfas de T. americana, com a utilização da técnica de MEV, um estudo detalhado da morfologia geral e da ultraestrutura tegumentar. Foram acompanhadas 117 ninfas em H. heptaphyllus e 110 em H. chrysotrichus. A duração média do período ninfal foi menor nos indivíduos mantidos em H. heptaphyllus (12,69 ± 0,076 dias) do que em H. chrysotrichus (19,11 ± 0,208 dias) (P < 0,0001), entretanto a viabilidade desta fase foi similar nos dois hospedeiros.Em H. heptaphyllus, 16 casais foram individualizados para observar aspectos reprodutivos. O período embrionário foi de 12,32 ± 0,274 dias e a viabilidade dos ovos de 92%. A fecundidade média total e a diária foram de 310,0 ± 19,40 ovos/fêmea e 7,46 ± 0,302 ovos/fêmea/dia, respectivamente. Machos e fêmeas pareados mostraram longevidade semelhante (P = 0,0691), enquanto fêmeas não-pareadas foram mais longevas do que machos (P = 0,0460). Os cinco ínstares de T. americana apresentam estruturas tegumentares na forma de tubérculos, projeções e setas características na cabeça, tórax e abdome. Os tubérculos apresentam um gradual desenvolvimento tanto em tamanho quanto em número de ramificações ao longo da ontogenia, sendo os cefálicos os únicos a permanecerem no estágio adulto. Diferentes projeções ocorrem associadas ou não aos tubérculos, em forma de escamas, ampolas, gotas e trompetes. Distintamente dos tubérculos, estas projeções aumentam apenas em número, sem apresentar mudanças no tamanho, durante o desenvolvimento ninfal.