Determinantes estruturais do nível de interação entre universidades e empresas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schaeffer, Paola Rücker
Orientador(a): Zawislak, Paulo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132313
Resumo: A interação universidade-empresa (IUE) é uma das ferramentas fundamentais para estimular o desenvolvimento social e econômico de um país. De um lado, a possibilidade de interação depende, em primeira instância, da oferta de conhecimento científico e tecnológico existente no contexto da relação. De outro lado, para haver interação de fato, não basta existir uma malha de instituições de ciência e tecnologia (C&T), mas é fundamental que haja, acima de tudo, a necessidade de interação por parte das empresas. É justamente o tamanho das demandas das empresas por conhecimento e tecnologia que irá desenhar os contornos da interação universidade-empresa. Isso posto, este estudo tem como objetivo analisar os elementos estruturais, exógenos e endógenos às firmas, que determinam o nível de interação entre universidades e empresas. Dependendo do setor, do tamanho da firma, dos investimentos em P&D e das capacidades de inovação, isto é, dos determinantes estruturais, espera-se identificar os diferentes níveis de interação entre universidades e empresas. Para alcançar esse objetivo, utilizou dados secundários coletados em uma pesquisa survey, coordenada pelo NITEC (UFRGS), que abrangeu 1.331 empresas dos mais diversos setores industriais, as quais foram classificadas de acordo com o nível de interação: baixo nível de interação e alto nível de interação. Os principais resultados obtidos indicam que, primeiramente, a intensidade tecnológica setorial não é determinante do nível de interação das empresas com as universidades. Em compensação, os determinantes endógenos, como o tamanho da firma, os investimentos em P&D e as capacidades de inovação confirmaram-se como variáveis previsoras significantes do nível de interação. Entre os elementos endógenos, as capacidades de inovação se destacam como variáveis com poder explicativo superior aos outros determinantes que já são amplamente investigados na literatura. Já em relação ao desempenho da firma, somente o registro de patentes e o desempenho econômico encontramse determinados pelo nível de interação. Por fim, essas descobertas em relação aos determinantes do nível de interação e do desempenho da firma comprovam o pressuposto teórico defendido nesse trabalho: o nível tecnológico das empresas é determinante do nível de interação das firmas com as universidades; contudo, são as variáveis internas às firmas, e não as externas, que ditam esse nível.