Trabalho voluntário, saúde e qualidade de vida em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza, Luccas Melo de
Orientador(a): Lautert, Liana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10264
Resumo: Trata-se de um estudo transversal, comparativo, do tipo ex post facto, contemplando uma pesquisa de abordagem quantitativa que objetivou: descrever as características socioeconômicas e demográficas e as condições de saúde autopercebidas de idosos que realizavam trabalho voluntário; avaliar a qualidade de vida desses idosos e de idosos que não realizavam trabalho voluntário; correlacionar a autopercepção da saúde e os escores de depressão e de qualidade de vida de um grupo de idosos com o desenvolvimento de trabalho voluntário. Foram entrevistados 207 idosos divididos em dois grupos pareados: 174 idosos que realizavam trabalho voluntário vinculados a uma Organização Não-Governamental da cidade de Porto Alegre e 33 idosos que não realizavam voluntariado. Os dados demonstram que 87,4% dos idosos voluntários entrevistados eram do sexo feminino, na faixa etária de 60 a 69 anos, com, em média, 11,5 anos de escolaridade e renda própria, em sua maioria, religiosos e adeptos a práticas de saúde. Quando comparados os dados dos grupos de idosos voluntários e não-voluntários, a autopercepção da saúde como ótima foi maior nos voluntários (30,5% versus 06,1%) enquanto a prevalência de depressão foi menor (01,2% versus 09,1%), com P=0,05 . Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos escores dos domínios físico e meio ambiente da escala de qualidade de vida do Whoqol-bref, o que foi atribuído à técnica de pareamento utilizada nos grupos. Nos domínios psicológicos, relações sociais e na avaliação global, os idosos voluntários apresentaram escores mais elevados, quando comparados com os não voluntários, com significância estatística (P£0,05), talvez relacionada com os benefícios advindos com a realização do voluntariado, tais como alegria, felicidade, amizade, qualidade de vida e saúde, entre outros. No modelo de regressão linear, o fato de ser voluntário mostrou-se influenciador para maiores escores no domínio psicológico, na avaliação global e na autopercepção ótima da saúde. Os resultados da investigação fornecem subsídios para a hipótese de que o trabalho voluntário atue como um mecanismo de promoção da saúde e da qualidade de vida desses idosos voluntários.