Efeito de um dentifrício fluoretado contendo arginina na remineralização de lesão cariosa artificial em esmalte e na composição bioquímica do biofilme formado in situ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pagnussatti, Maria Eduarda Lisboa
Orientador(a): Arthur, Rodrigo Alex
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202391
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de um dentifrício fluoretado contendo arginina (DFA) na remineralização de lesão artificial de cárie de esmalte e na composição bioquímica do biofilme formado in situ e comparar seu efeito com o dentifrício fluoretado convencional (DF). Em um estudo cruzado, duplo-cego (em relação ao uso de DFA ou DF), realizado durante duas fases experimentais de 14 dias cada, dezesseis voluntários adultos foram randomizados em relação ao uso de DFA e DF 3x/dia em período pré-experimental (wash-out) de 2 meses. Os voluntários foram então solicitados a usar um dispositivo intra-bucal palatino contendo 4 blocos de esmalte dentário bovino com lesão artificial de cárie (2 blocos de cada lado do dispositivo, sendo um de cada lado com porcentagem de perda de dureza de superfície conhecida). Eles foram instruídos a remover os dispositivos da cavidade bucal e gotejar 2 gotas de solução de sacarose a 20% e a suspensão dos dentifrícios em tempos pré-determinados 3x/dia. No final da primeira fase in situ e considerando um desenho cruzado, os voluntários foram solicitados a escovar seus dentes 3x/dia com um dentifrício diferente (DF ou DFA) de acordo com a randomização feita no início do estudo. Uma segunda fase in situ de 14 dias começou e solução de sacarose e suspensões de dentifrício foram gotejadas sobre um novo subconjunto de blocos de esmalte como descrito acima. Ao final de cada fase in situ, os biofilmes formados nos blocos de esmalte foram coletados e processados para quantificação de polissacarídeo extracelular insolúvel (PECi) e contagem de microrganismos totais (MT). Blocos de esmalte foram submetidos à análise de dureza para avaliar o efeito dos tratamentos na reversão da lesão cariosa em termos de porcentagem de recuperação da dureza superficial (%RDS) e analisados qualitativamente por microradiografia transversal (MRT). Os resultados foram analisados por meio da Equação de Estimativa Generalizada (GEE), com nível de significância de 5%. Biomassa (mg), contagem de UFC (unidade formadora de colônias) MT e RDS% para DF (30,5 ± 5,9; 6,4 ± 0,2; 24,1 ± 4,2) não foram estatisticamente diferentes em comparação com DFA (36,6 ± 8,5; 5,8 ± 0,5; 26,8 ± 4,2) (mediana ± se p> 0,05). A concentração de PECi (μg/mg) na presença de DF (71,6 ± 14,2) foi estatisticamente superior à presença de DFA (43,7 ±12,6)(p=0,044). A análise de MRT sugere um padrão semelhante de remineralização para os grupos DF e DFA. Os dados do presente estudo in situ sugerem que não há diferença na remineralização de lesões cariosas artificiais de esmalte entre DFA e DF nas condições estudadas. A menor produção de polissacarídeo exraceluar com o DFA comparado ao DF sugere uma possível diminuição do potencial cariogênico do biofilme exposto a detifrício contendo arginina.