Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Leipnitz, Guinter Tlaija |
Orientador(a): |
Osório, Helen |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/134345
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Resumo: |
Esta tese tem como objeto central o universo de pequenos produtores e trabalhadores rurais de Uruguaiana – fronteira do Brasil meridional com a província argentina de Corrientes e o norte uruguaio - no período pós-escravidão (1884-1920). A questão principal que procuramos responder é como, neste contexto de transformação, buscavam estes sujeitos readequar-se na economia local, considerando-se as possibilidades de manutenção de suas margens de autonomia. Especialmente a partir da análise de processos-crime, procuramos identificá-los na dinâmica da Campanha riograndense, estabelecendo seu perfil sociodemográfico, comparativamente a outros sujeitos, e de que maneira se inseriram nas relações sociais locais, mediadas por vínculos de dependência. Dentro deste universo, enfocamos os jornaleiros e agregados, buscando compreendê-los sob a perspectiva da lógica familiar camponesa. O fim da escravidão não provocou o desaparecimento de relações de dependência na região, mas sua readequação, e a ressignificação das condições de “proprietário” e “dependente” no espectro dos níveis de autonomia. O cerceamento de formas mais precárias de acesso à terra – generalizadas na Campanha até meados do século XIX – foi um aspecto central nesse processo, sobre o qual incidiram, na virada para o XX, a intensa circulação de pessoas, especialmente trabalhadores, através da fronteira, bem como a atuação das autoridades a partir da regulação normativa das condutas sociais. Os sujeitos expropriados por este processo procuravam agir diante de tal cenário cambiante, e suas possibilidades de resistência davam-se dentro dos marcos da mobilização de práticas costumeiras e das relações de dependência em seu favor. |