Borges e história em dois atos : sobre fazer/escrever história e personagens tradicionais argentinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Melo, Mateus Cavalcanti
Orientador(a): Nicolazzi, Fernando Felizardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/134129
Resumo: Este trabalho dissertativo tem por principal objetivo identificar e rastrear as percepções que o escritor argentino, Jorge Luís Borges, possuía sobre a história (mesmo não sendo historiador de formação) e como essas se manifestam através de seus contos literários. Para tanto, são analisados uma série de contos de sua autoria que priorizem essa investigação, produzidos em diversos e distintos momentos de sua vida. O texto dividese em duas partes (atos): no primeiro nosso enfoque será como Borges percebe o ato de se fazer/escrever história, ou seja, como se dá a produção, publicação, manifestação e aceitação de um texto histórico, e para isso cotejaremos três contos, La loteria en Babilonia, Tema del traidor y del heroe e Guayaquil. No segundo capítulo (ato) traremos uma vertente da escrita de Borges mais ligada a temáticas argentinas, suas narrativas criollas, e como que através dessas o autor constantemente reflete sobre a história da Argentina e de alguns de seus mais tradicionais personagens, os gauchos e compadritos, representando os valores, costumes e tradições dessas emblemáticas figuras. Nesse segundo momento analisaremos os contos Hombre de la esquina rosada, Historia de Rosendo Juárez, El muerto, El fin e El sur. Em ambos os capítulos analisaremos como as percepções e representações de Borges sobre a história, seja em seu caráter mais “filosófico”, seja em seu caráter mais criollista (temáticas ligadas à Argentina) mudam com o passar da vida do autor. Se em um dado momento a história lhe parece “salvadora”, capaz de “gerar mudanças”, em outro lhe parecerá banal e tratada com ironia; já no segundo ato perceberemos como sua percepção sobre coragem como valor representativo de uma argentinidade também irá cambiar, assim como, quando pretende representar a Argentina ou Buenos Aires, seus pensamentos comumente estão ligados muito mais ao passado do que ao presente, gerando um sentimento de nostalgia por parte do autor. O principal objetivo é verificar, como a história, em último caso, será aqui vista como uma das temáticas ou “símbolos” que mais povoou a carreira literária de Jorge Luís Borges.