Efeito da metformina sobre a via de sinalização do IGF-1R no câncer de endométrio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Reis, Vania Marisia Santos Fortes dos
Orientador(a): Capp, Edison
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268210
Resumo: Introdução: o câncer de endométrio é uma neoplasia com taxas crescentes de incidência e mortalidade. Avanços limitados no tratamento e comorbidades associadas impedem melhorias significativas nas taxas de sobrevida. A obesidade e a diabetes mellitus são fatores de risco independentes para o carcinoma endometrial, devido a níveis elevados IGF-1 e resistência à insulina contribuindo para essa associação. O aumento do receptor de IGF-1 elevado no câncer de endométrio está ligado ao crescimento tumoral através da via PI3K/Akt. A metformina tem se mostrado promissora no tratamento do câncer, incluindo endometrial, mas os mecanismos exatos subjacentes aos efeitos antineoplásicos da metformina ainda estão sendo investigados. Métodos: a análise in vitro usando a linhagem celular de carcinoma endometrial Ishikawa avaliou o impacto da metformina em um conjunto de parâmetros que determinam viabilidade celular através de microscopia óptica, espectrometria e citometria de fluxo. Um modelo xenográfico de câncer endometrial em camundongos nudes, utilizando as células Ishikawa, foi utilizado para avaliar o efeito da metformina no crescimento tumoral, IGF-1 circulante (por ELISA) e expressão diferencial de genes da via IGF-1R usando RT-PCR. Resultados: experimentos in vitro demonstraram diminuição dose- e tempo-dependente na viabilidade e proliferação celular, bem como disfunção mitocondrial aumentada, indução de apoptose e parada do ciclo celular em G1 com o tratamento. Nos animais, a metformina diminuiu o crescimento do tumor, porém, não foram observadas diferenças significativas no peso dos animais ou nos níveis séricos de IGF-1 entre os grupos. Na análise da expressão gênica, a metformina regulou negativamente vários genes envolvidos na via de sinalização do IGF-1R, incluindo AKT2, FOXO3, IGF1R, INSR, MAPK3, MTOR e SHC1. Conclusões: esses achados sugerem que a metformina tem potencial como agente terapêutico, por sua capacidade de diminuir a viabilidade celular, através da indução de apoptose via disfunção mitocondrial e diminuição de proliferação. Além disso, os efeitos da metformina no câncer de endométrio envolvem a modulação da via do IGF-1R. Mais investigações são necessárias para determinar a eficácia e segurança da metformina no tratamento do câncer de endométrio.