Influência de variáveis de paisagem sobre a riqueza e composição de assembleias de peixes em lagoas costeiras no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guimarães, Taís de Fátima Ramos
Orientador(a): Hartz, Sandra Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/84980
Resumo: Lagoas costeiras são ecossistemas dinâmicos caracterizados por uma alta biodiversidade, e podem ser vistos como manchas de hábitats na paisagem. Potencialmente, as características das comunidades em lagoas podem ser explicadas por teorias ecológicas (Biogeografia de Ilhas e Ecologia de Metacomunidades), onde o grau de isolamento e a heterogeneidade do hábitat em escala da paisagem são fatores importantes na determinação da comunidade. O objetivo deste trabalho foi verificar a influência destes fatores sobre diferentes descritores da comunidade (abundância, diversidade alfa e beta) de peixes em lagoas costeiras, utilizando métricas de paisagem. A área de estudo localiza-se no sistema do rio Tramandaí, RS (50,14°O; 29,98°S), possui 41 lagoas com diferentes graus de conexão e comunica-se com o mar através do estuário de Tramandaí. As variáveis de paisagem foram obtidas através de sistemas de informação geográfica (imagens Spot e Landsat-TM5) e foram divididas entre variáveis estruturais (área, forma, distância do mar, coeficiente de variação da área, conectividade primária e conectividade estuarina) e variáveis de uso e cobertura da terra (buffer de 50, 100, 250 e 500 m). Dados de ictiofauna foram obtidos através de amostragem padronizada com rede de espera e de arrasto em 38 lagoas. Nossos resultados mostram que diferentes descritores da comunidade respondem a diferentes variáveis de paisagem. Quando considerada a composição de assembleias que habitam diferentes porções do corpo d’água observamos que 18% da variação nas assembleias de margens rasas são explicadas pelas variáveis estruturais e de uso e cobertura; já assembleias que habitam margens mais profundas respondem apenas as variáveis estruturais, as quais explicam 7% da variação nessa assembleia. Ambas as assembleias possuem partição de variância equilibrada entre variáveis que representam o isolamento e a heterogeneidade da paisagem. No entanto, quando consideramos outros descritores da comunidade como diversidade alfa e beta, observamos que as variáveis estruturais e de uso e cobertura da terra são mais importantes para explicar a diversidade dentro do corpo d’água (alfa), não sendo significantes para predizer a diversidade entre corpos d’água (beta). Esses resultados nos sugerem que as assembleias de peixes de lagoas costeiras podem estar estruturadas dentro de uma metacomunidade onde o efeito de massa pode ser o paradigma que melhor explica os padrões observados.