Isótopos U-Pb-Hf de zircões detríticos aplicados ao estudo de proveniência do placer costeiro de São José do Norte, Rio Grande do Sul, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rizzi, Monique Aparecida Marchese
Orientador(a): Dillenburg, Sergio Rebello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259253
Resumo: Na margem passiva sul-brasileira, onde a disponibilidade de sedimentos e as condições do sistema costeiro foram adequadas para a formação de um depósito de Ti de classe mundial durante o Holoceno, poderia haver outra fonte de contribuição detrítica além do cráton? Para responder essa questão e visando estabelecer a proveniência dos minerais pesados do placer costeiro de São José do Norte (RS), análises isotópicas de U-Pb e Lu-Hf de zircões detríticos usando o método LA-ICPMS foram realizadas. A distribuição do padrão de idades U-Pb de 866 zircões mostrou que 35,3% dos grãos pertencem ao período Neoproterozóico, que abrange o ciclo Brasiliano. No entanto, 9,1% do total de zircões analisados (até 12% em algumas amostras) correspondem a grãos mais jovens que 50 Ma, restritos ao intervalo Andino no sul da América do Sul. A assinatura Hf dos zircões se destaca por apontar pelo menos quatro grandes e distintos grupos interpretados como provenientes dos orógenos Andino, Gondwanides, Brasiliano e Grenvilliano, além de tornar possível a identificação de zircões com assinatura do Famatiniano. Assim, em uma costa de margem passiva relacionada com a quebra do Gondwana, a impressão digital andina em sedimentos detríticos confirma uma importante contribuição distal de rochas-fontes, além dos sedimentos originados no cráton. A origem andina nos depósitos de minerais pesados é uma informação onipresente para a contribuição de sedimentos distais do sistema do rio de La Plata, uma vez que seus afluentes também transportam material das montanhas andinas. Nesse contexto, o sistema de drenagens do rio La Plata associado à deriva litorânea para norte passa a ser o grande fornecedor de sedimentos para a Margem Continental Sul-brasileira e Uruguaia. Enquanto isso, sistemas de drenagens proximais contribuem principalmente para a erosão das rochas do cráton (Escudo Uruguaio- Sul-Riograndense) e rochas sedimentares do Gondwana.