Medicamentos potencialmente inapropriados para idosos em uma unidade básica de saúde de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Garcia, Taiane Santos
Orientador(a): Heineck, Isabela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201149
Resumo: Seguindo a tendência mundial de envelhecimento populacional, cada vez mais os estudos são voltados à população idosa. Com o passar da idade, aumentam os diagnósticos de morbidades e a prescrição de medicamentos. O elevado número de medicamentos prescritos para o idoso favorece, também, a prescrição inapropriada. Medicamentos que não têm indicação baseada em evidência, e podem causar mais danos ao idoso do que benefícios, são denominados medicamentos potencialmente inapropriados para idosos (MPI). Apesar do grande número de idosos atendidos na atenção primária, existem poucos estudos analisando MPI nesta população. O objetivo deste trabalho foi analisar MPI em uma unidade básica de saúde no sul do Brasil, identificar fatores associados e investigar a percepção dos prescritores dessa unidade sobre esses medicamentos. O uso de pelo menos um MPI foi verificado em 55,1% da amostra de acordo com o critério de Beers, 51,3% de acordo com o Consenso Brasileiro, 42,6% de acordo com STOPP e 23,6% de acordo com Escala de Risco Anticolinérgico (ERA). Considerando os quatro critérios utilizados nesse estudo, as análises univariáveis mostraram que o uso de MPI está associado com as variáveis polifarmácia, diagnóstico de três ou mais doenças crônicas e de doença neuropsiquiátrica. Em resposta ao questionário aplicado aos prescritores da mesma unidade, somente 30% dos profissionais relataram conhecimento sobre algum critério de classificação para MPI, e 25% relatou que já utilizou/utiliza algum dos critérios na prática clínica. Mesmo assim, citaram as classes mais presentes no Critério de Beers como candidatas a desprescrição e ajuste de dose. O conhecimento de critérios de classificação de MPI na prática clínica é ainda incipiente, mesmo em Unidade vinculada a Hospital Universitário. Apesar dos prescritores da UBS estudada relatarem conhecimento sobre as classes de medicamentos com potenciais riscos para idosos, os dados sugerem uma baixa aplicabilidade prática desses conhecimentos.