Aloenxerto ósseo cortical desvitalizado com nitrogênio líquido – estudo experimental em ovelhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Albuquerque, Paulo Barros de
Orientador(a): Alievi, Marcelo Meller
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/52583
Resumo: Na ortopedia veterinária, o enxerto ósseo é comumente utilizado em uma variedade de procedimentos ou afecções ortopédicas como artrodeses, fusões espinhais, reparo de fraturas, tratamentos de união atrasada e não-união de fraturas, preenchimento de falhas ósseas, osteotomias corretivas e reconstruções após a ressecção de neoplasia óssea. O uso de enxerto ósseo alógeno, comparado com o enxerto autógeno, tem como vantagens menor morbidez e dor pós-cirúrgica, diminuição do tempo cirúrgico e, principalmente, fornecimento de maior volume ósseo para a reconstrução adequada de uma grande falha óssea. As desvantagens do seu uso são os riscos de reação imunológica e transmissão de doenças, além da necessidade da formação de um banco de ossos, o que aumenta os custos e necessita de espaço apropriado. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a taxa e a forma de incorporação do aloenxerto ósseo cortical submetido ao congelamento em nitrogênio líquido e inserido em tíbias de ovelhas, visando à preservação do membro locomotor. Seis ovelhas clinicamente sadias, da raça Corriedale, com idade estimada entre dois e três anos, foram submetidas à avaliação radiográfica pré-operatória das tíbias para que fosse descartada qualquer alteração óssea. Simultaneamente, realizou-se a ostectomia da diáfise tibial de duas ovelhas para a retirada de um segmento de 7 cm que, após a remoção do periósteo e da medula óssea, foi imerso em nitrogênio líquido, tendo como finalidade a desvitalização óssea, e implantado imediatamente no outro paciente. A estabilização entre os fragmentos e o implante ósseo foi realizada com placa cirúrgica de compressão dinâmica (PCD). Após os procedimentos cirúrgicos, foram realizadas avaliações clínicas e radiográficas a cada 30 dias até o 180º dia de pós-operatório. Aos 60 dias de pós-operatório já se observava o completo uso funcional do membro operado. A união radiográfica das interfaces proximal e distal e a consolidação óssea ocorreram em tempo médio de 95 dias em todos os animais. Conclui-se que o aloenxerto ósseo cortical submetido ao congelamento em nitrogênio líquido é um método apropriado para a preservação do membro locomotor, tendo em vista que a incorporação do mesmo ocorreu gradualmente e a taxa foi de 100%.