MOdelo de sistema agroflorestal como alternativa de uso do solo em áreas em processo de arenização em São Francisco de Assis - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Goulart, Aline Gomes
Orientador(a): Bremer, Ulisses Franz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/206818
Resumo: Verifica-se em algumas áreas do município de São Francisco de Assis, situações de degradação causadas por processos erosivos condicionados por fatores naturais e antrópicos, correspondentes ao inadequado uso e/ou planejamento do uso do solo. Propor um modelo de sistema agroflorestal (SAF) adequado para o contexto de arenização observado no município, utilizando espécies nativas e exóticas com melhor cobertura do solo e com enfoque na busca pela redução da erosão, configurou-se como tema central deste trabalho. Como recorte espacial foi selecionada uma propriedade rural familiar de 42 ha. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica, observação em campo e por imagens de satélite, mapeamento de uso e ocupação da terra e entrevistas com atores da comunidade. Do ponto de vista desse estudo, verificou-se que se trata de uma área degradada que sofre grande influência do uso, com constante pisoteio do gado. Após a verificação de diferentes padrões de cobertura do solo, procedeu-se à escolha da localização de implantação (área de transição) do SAF, à análise modelos de SAF e de espécies vegetais. O primeiro modelo constitui-se de sistema em faixas, estabelecido em 3 fases: A primeira fase constitui-se de implantação de espécies vegetais para aporte de biomassa, como tremoço (Lupinus albescens), guandu (Cajanus cajan), aveia-preta (Avena strigosa) e azevém (Lolium multiflorum). A segunda fase, plantação de espécies vegetais arbóreas, como eucalipto (Eucalyptus sp.), aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius) e capim vetiver (Chrisopogon zizanioides) nas bordas do SAF, citrus e mirtácea, com espaçamento entre as linhas de 3 metros. A terceira fase engloba cultivos, como melancia, mandioca, abacaxi e abóbora nas entrelinhas com 1,5 metros de distância. O segundo modelo trata-se de um sistema silvipastoril, implantação de espécies arbóreas em linhas centrais de leste a oeste, com distanciamento de 40 metros; distância entre linhas centrais de plantio de 3 metros e espaçamento entre plantas de 1,5 metros, facilitando a passagem da luz solar e o crescimento de espécies vegetais nativas. As espécies arbóreas recomendadas são eucalipto (Eucalyptus sp.) e aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius). A metodologia utilizada mostrou-se adequada para a elaboração do design agroflorestal aqui proposto, podendo contribuir para estudos posteriores mais detalhados onde este modelo de SAF possa ser testado.