Novas centralidades no noroeste do Rio Grande do Sul. Eixo Ijuí-Santo ângelo-Santa Rosa : redes urbanas, policentrismo e urbanização policêntrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Lenize Rodrigues
Orientador(a): Soares, Paulo Roberto Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249777
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo examinar as relações que consolidam e/ou reestruturam o papel polarizador exercido pelas cidades de Ijuí, Santo Ângelo e Santa Rosa na rede urbana regional. Partimos da seguinte questão: Quais os papéis que essas cidades cumprem na rede urbana? Localizadas na mesma formação regional, na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, distantes aproximadamente 50 km entre si, as três cidades exercem uma centralidade e funcionalidade de centros médios, embora não possam ser classificadas como cidades de porte médio, em termos populacionais. A relativa proximidade entre as cidades (sedes municipais) permite-nos refletir que haja, entre elas, processos de cooperação e de competição, delineando a formação de uma região policêntrica no noroeste gaúcho. Isso implica numa reorganização da estrutura espacial atual do território, com a inserção de municípios que apresentam novos elementos, provocando mudanças espaciais. Esta tese tem como base os conceitos de rede urbana, policentralidade e cidades intermediárias e de intermediação. Utilizamos o conceito de policentrismo enquanto recurso metodológico para explicar a reorganização da rede urbana e do espaço urbano no noroeste do estado do RS, a partir de centros urbanos, anteriormente secundários, que adquirem relevância em virtude de novas demandas sociais e econômicas. Utilizamos ainda dados secundários do Censo Demográfico 2010, os estudos Regiões de Influência das Cidades REGIC e Gestão do Território, publicados pelo IBGE; além de dados sobre atividades econômicas e serviços que sustentam a centralidade regional dessas cidades. As três cidades aqui destacadas, caracterizam as principais centralidades da região, visto que apresentam o maior número de empregos e polarizam um grande número de municípios no atendimento a artigos e serviços de alta complexidade. Essas cidades se articulam como um conjunto, e assumem um papel importante na escala regional, na organização dos sistemas urbanos, pois definem-se como centralidade econômica, social e política. A análise mostra, ainda, que novas perspectivas se abrem em relação aos papéis delineados pelos exemplos aqui citados: Santa Rosa, Santo Ângelo e Ijuí não constituem uma aglomeração urbana contínua, mas exercem forte polarização sobre os núcleos do seu entorno. Isso leva a alterações na hierarquia urbana e reorganiza a estrutura espacial no noroeste do Estado. Desenha-se, assim, uma região policêntrica emergente, pois as três cidades, objeto desta pesquisa, desempenham a função de centros regionais, polarizando através dos fluxos de serviços e de gestão a região noroeste do estado. Representam, portanto, novos arranjos urbanos, novas centralidades e esboçam um novo polo de atração no noroeste do estado do RS, incorporando elementos para apreendermos a complexidade da rede urbana gaúcha. Desenha-se, por conseguinte, uma reorganização da estrutura espacial atual, com a inserção de municípios que passam a ocupar lócus privilegiado, pois apresentam novos aparatos técnicos, científicos e tecnológicos, ocasionando alterações espaciais significativas. Representam, ainda, um novo processo, com a interiorização da urbanização, trazendo uma nova configuração e incorporando elementos para apreendermos a complexidade da rede urbana do estado do RS.