Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Moser, Carolina Meira |
Orientador(a): |
Lobato, Maria Inês Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/30966
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Resumo: |
Introdução: O uso de questionários auto-aplicáveis para avaliar o prejuízo da funcionalidade em indivíduos com Transtornos Alimentares (TAs) apresenta importantes limitações devido à natureza egossintônica dos sintomas, particularmente na anorexia nervosa (AN) do subtipo restritivo. A Functioning Assessment Short Test (FAST) pode ser um instrumento útil para a avaliação dessa população, uma vez que é pontuada pelo entrevistador e abrange diversos aspectos da funcionalidade em pacientes psiquiátricos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar a funcionalidade de pacientes com TA de subtipos restritivo e purgativo através da escala FAST. Também analisamos as propriedades psicométricas da FAST nesta população específica. Método: Uma amostra consecutiva de 36 mulheres com diagnóstico de anorexia nervosa, bulimia nervosa ou síndromes parciais, de acordo com critérios do DSM-IVTR, e 29 controles saudáveis foram incluídas. As pacientes foram agrupadas, de acordo com presença de sintomas purgativos, em grupo restritivo (RP) e grupo purgativo (PP) de TA. A funcionalidade foi avaliada através da FAST e da Global Assessment of Functioning Scale (GAF). Os sintomas específicos de TA foram aferidos com as escalas Eating Attitudes Test (EAT), Bulimic Investigatory Test of Edinburgh (BITE) e Body Shape Questionnaire (BSQ). Também foram aplicadas a Symptom Checklist-90 (SCL- 90) e a Hamilton Depression Rating Scale (17-HDRS). Resultados: A média dos escores totais da FAST na população de pacientes em estudo foi significativamente maior (41.62± 13.94) que a encontrada em indivíduos do grupo controle (8.14± 5.02) em todos os domínios (p<0.001), mesmo após controle para variáveis de confusão com modelo de regressão linear múltipla. Não houve diferença nos escores totais da FAST, nem em suas subescalas, entre as pacientes de subtipo restritivo (39.70 ± 15.96) e subtipo purgativo de TA (43.54 ± 11.92) (p= 0.44). No entanto, na área de finanças, o grupo RP não foi diferente dos controles. O alfa de Cronbach da FAST na amostra foi de 0.865 e a correlação entre a FAST e a GAF foi forte (r = -0.92, p <0.01). Conclusão: A avaliação da funcionalidade em pacientes com TA requer cautela. A FAST parece ser um instrumento útil para isto, uma vez que avalia domínios específicos do funcionamento, identifica o nível de prejuízo em cada área e não é autoaplicável. Com esta avaliação objetiva, o grupo de TA de subtipo restritivo apresentou prejuízo no funcionamento global semelhante ao encontrado no subtipo purgativo. |