Um estudo sobre a criatividade em um ambiente de aprendizagem de modelagem matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Giraldi, Olga Cristina Penetra
Orientador(a): Sant'Ana, Alvino Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/214289
Resumo: Nesta pesquisa apresentamos um estudo sobre a criatividade em um ambiente de aprendizagem de modelagem matemática, sendo Barbosa (2001) a perspectiva de modelagem adotada. A questão “Quais fatores podem favorecer a criatividade dos alunos em um ambiente de aprendizagem de modelagem matemática?” norteou este estudo que foi dividido em dois momentos, realizados simultaneamente, ambos para coletar e produzir dados: uma análise de seis relatos de experiência da Conferência Nacional sobre Modelagem na Educação Matemática (CNMEM) e uma prática didática realizada em uma escola pública. Os participantes da prática e o público alvo das experiências relatadas foram alunos do Ensino Fundamental. Elencamos três objetivos para responder à questão de pesquisa: (i) Identificar evidências de criatividade; (ii) Identificar quais foram os fatores importantes para que houvesse esse momento criativo, levando em consideração a literatura consultada; (iii) Apontar, se existirem, novos fatores que possam colaborar para a expressão da criatividade dos alunos. Essa investigação é de caráter qualitativo, descritiva e as análises dos dados foram feitas de forma indutiva. Para dar suporte a este estudo, produzimos quadros-síntese apoiados nas visões de autores que definem criatividade e criatividade em matemática, como Amabile (2012, 2018), Csikszentmihalyi (2015), Kaufman (2016), Fleith e Alencar (2003, 2005), Torrance (1976), Stein (1974), Haylock (1987), Gontijo (2006a), entre outros. Nossa análise indica que, tanto nos relatos de experiência como na prática desenvolvida, o professor é a peça chave para construir um ambiente criativo, uma vez que ele pode ou não permitir a liberdade de expressar ideias em sala de aula, pode ou não elaborar tarefas abertas e de caráter investigativo para explorar o potencial criativo dos alunos, pode ou não se inclinar aos interesses dos alunos para trabalhar temas que motivem a sua participação. Igualmente importante são o interesse e a motivação do aluno, pois ele demonstra sua criatividade na medida em que se envolve com a tarefa. Alguns fatores que podem promover a criatividade e indícios de sua ocorrência já foram apontados em estudos anteriores, com públicos e ambientes diferentes, e nesta pesquisa encontramos algumas correspondências. Porém, considerando o contexto educacional, novas evidências de criatividade e fatores que cooperam para seu surgimento foram revelados, tais como: propor tarefas com temas que despertem empatia e preocupação futura, pois apesar de não proporcionar diretamente a criatividade, este fator pode gerar interesse pela tarefa e, unido à preocupação com o tema, pode promover o engajamento do aluno com a tarefa, podendo resultar em atitudes e pensamentos criativos; além disso, o manuseio de recursos diversos como máquina fotográfica, o acesso a computadores e softwares, artesanato, relógio/cronômetro, etc. pode ter ajudado na expressão criativa dos alunos, pois foram instrumentos usados como meio para achar a resolução de um problema ou como um recurso que sem o qual não poderiam chegar a considerações importantes.