Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Morais, Jéferson Soares |
Orientador(a): |
Castrogiovanni, Antonio Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254426
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Resumo: |
RESUMO A pergunta que move essa pesquisa é: o diálogo entre Geografia e Literatura pode potencializar o exercício do raciocínio geográfico dos sujeitos em sala de aula? Para contribuir em respostas provisórias a essa pergunta, traçamos o seguinte objetivo: discutir o diálogo entre Geografia e Literatura como potencializador da compreensão espacial, tendo como referência uma proposta pedagógica desenvolvida a partir da obra Os Ratos, de Dyonélio Machado. O método que sustenta a nossa leitura de mundo é a Complexidade, de Edgard Morin, sustentado por três princípios da Complexidade: Princípio Dialógico, Princípio Recursivo e Princípio Hologramático. A obra escolhida foi Os Ratos de Dyonélio Machado, por ter Porto Alegre como palco. A partir da escolha, traçamos um caminho metodológico que foi dividido em três momentos: o primeiro foi analisar a textualidade geográfica presente na obra; o segundo foi construir a proposta - utilizando a BNCC como referência curricular; o terceiro passo foi aplicar a atividade em uma turma de 8º do Ensino Fundamental e consequente avaliar dos resultados. Para o primeiro momento de conhecimento dos trabalhos realizados na área, organizamos uma base de manifestações acadêmicas (dissertações, teses e artigos) privilegiando um recorte temporal de 5 anos antes do início da pesquisa (a partir de 2015). lém dos trabalhos acadêmicos, as bibliografias de Moretti (2003), Suzuki e Silva (2016), Suzuki, Da Costa e Stefani (2016), Suzuki, Da Silva e Ferraz (2016), Suzuki e Da Silva (2016), Suzuki, Lima e Chaveiro (2016) e Michèle Petit (2019), foram referências centrais para a refletirmos sobre as possibilidades de pesquisa relacionando Geografia e Literatura. O segundo momento, da análise da textualidade geográfica da obra teve como principais referências metodológicas Ruy Moreira (2008) e Milton Santos (1985, 1988 e 2006). Moreira (2008) argumenta sobre o Raciocínio geográfico e quais os princípios e conceitos que sustentam o modo que a Geografia lê o mundo, enfatizando a tríade de conceitos basilares: paisagem, território e espaço geográfico. Santos (1985, 1988 e 2006) indica o método de análise do espaço geográfico, organizado na inter- relação dos conceitos de forma, função, estrutura e processo. Nosso objetivo foi aplicar essa leitura geográfica, nas páginas do romance. Devido à obra ter como cenário a Porto Alegre dos anos 30, fizemos o movimento temporal de relacionar a Porto Alegre do romance com a Porto Alegre atual, e com isso analisar as permanências e mudanças ocorridas. Em relação ao terceiro momento, como referência para pensar a proposta pedagógica e sua aplicação, dialogamos com Freire (2018), pela sua contribuição teórica a uma pedagogia que propõe a autonomia dos sujeitos e Castrogiovanni (2000; 2004; 2014; 2015), pelas contribuições teóricas ao ensino de Geografia. As considerações sobre a pesquisa são de que o diálogo entre Geografia e Literatura podem ser muito potentes para o exercício do raciocínio geográfico - desde que esteja alinhado ao método científico. Método que se caracteriza importante para a realização das atividades no Ensino Básico que busquem a superação de uma aprendizagem baseada apenas na informação dos sujeitos. |