Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Tomasini, Luciane Campana |
Orientador(a): |
Carvalho, Ana Maria Albani de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/189917
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Resumo: |
O objetivo da pesquisa foi investigar a possível especificidade no desempenho do artista enquanto propositor, gestor e/ou produtor cultural de instituições museológicas no que diz respeito à construção dos perfis dessas, através da constituição de seus acervos e/ou de suas programações. Considerou-se também se tal especificidade poderia ser influenciada pelo contexto de pouca visibilidade de artistas afastados dos grandes centros culturais, enquanto propositores dessas instituições. A investigação foi realizada através de um estudo de caso sobre a atuação da artista visual Roseli Doleski Pretto (Uruguaiana, 1945 - Passo Fundo, 2002) na criação e na gestão do Museu de Artes Visuais Ruth Schneider (MAVRS), instituição de caráter universitário aberta ao público em maio de 1996, localizada na cidade de Passo Fundo, no interior do Estado do Rio Grande do Sul. O desenvolvimento do estudo de caso foi organizado a partir de pesquisa bibliográfica, levantamentos e coletas a campo de documentos, material fotográfico e audiovisual, catálogos, artigos, folders, bem como pela construção e aplicação de entrevistas com artistas, gestores e membros das equipes da instituição. Concluímos, ao final da pesquisa, que a condição de artista de Roseli Doleski Pretto influenciou diretamente no processo de criação do MAVRS, na formação de seu acervo e na condução de suas atividades durante o período em que administrou a instituição. Também concluímos que o contexto de deslocamento da artista em relação ao centro cultural do estado, Porto Alegre, foi fator chave na definição do projeto original do Museu, visto que foi entre artistas atuantes na capital, através da prática de ateliê de gravura, que ela buscou o reconhecimento de seu estatuto de artista, estabelecendo a rede de relações que possibilitou a própria criação do MAVRS. Entendemos, contudo, que o projeto original da instituição, baseado na manutenção dessa rede de relações, esgotou-se com a morte precoce da artista, sendo necessário que o mesmo seja submetido a um processo de revisão. Lembrando que o MAVRS é um museu universitário, concluímos que cabe à Universidade de Passo Fundo-UPF coordenar esse processo, focando sobre o desenvolvimento do elemento crítico essencial ao funcionamento de um sistema da arte local. Isso implica tanto no fortalecimento da formação teórica e crítica do artista, como no incentivo às atividades de pesquisa voltadas ao campo da arte, bem como à sua integração com as atividades do Museu, explorando o potencial de seu acervo e de suas possíveis relações com as produções contemporâneas. |