(Des)apre(e)nder o ver com a paisagem: a expedição pela Paragem das Conchas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Junqueira, Lilian Maus
Orientador(a): Kern, Daniela Pinheiro Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Ar
Palavras-chave em Inglês:
Air
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/159359
Resumo: Esta pesquisa nasce do encontro do olhar-expedicionário, sempre curioso e disposto a relacionar arte e ciência, com a Paragem das Conchas - nome atribuído à primeira sesmaria do Rio Grande do Sul, que corresponde hoje a um conjunto de municípios, dentre os quais, está Osório – lugar onde se desenvolvem as incursões aqui analisadas, entre os anos de 2012 e 2016. As experiências começam no ateliê, que funciona como um jardim onde se cultiva a linguagem do desenho, até que este lugar de produção de imagens abre-se e passa a ser compreendido como um observatório da natureza, fundindo-se, ao final, com a própria floresta. A principal pergunta que surge daí é: como se dá essa relação entre o ver e o conhecer a partir das experiências fenomenológicas com a paisagem que o meu trabalho artístico (obras em desenho, poesia, fotografia, objetos e instalação) proporciona? As rotas e o instrumental utilizados para as observações foram sendo redefinidos no próprio andar, como se fosse um Caminho de Peabiru, esse conjunto de trilhas indígenas cultivadas pelos Incas, que ligavam o Oceano Pacífico ao Atlântico. No andamento, foi preciso desaprender a ver o que eu pensava saber e aprender a ver o que não sabia que existia. O conjunto de trabalhos aqui apresentados forma um atlas onde procuro transmutar essas vivências por meio da linguagem poética. A narrativa divide a expedição em três momentos: Estudos sobre a terra | Estudos sobre a água | Estudos sobre o vento. A ação de expedir é interpretada em seu sentido literal de “liberar os pés das cadeias”. A pesquisa está dividida em dois volumes. No TOMO I apresento um percurso teórico em que o sol metaforiza, inicialmente, a relação entre o ver e o conhecer e, passo a passo, vai sendo eclipsado pela imagem da fogueira, que provoca uma queima de arquivo em que é necessário transmutar as memórias. O TOMO II é um livro de artista concebido a partir das travessias por TERRA (“Inventário de Fauna e Flora” e “Herbarium”), ÁGUA (“Travessia de Beija-Flor por águas doces”) e AR (“Tipologia do Mar – Escala Beaufort” e “Tipologia das nuvens – L. Howard”).