Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Bressan, Nilvia Thaís Weigert |
Orientador(a): |
Flores, Valdir do Nascimento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/165673
|
Resumo: |
O objetivo da presente pesquisa é discutir o status de não-pessoa na Teoria da Enunciação de Émile Benveniste. A terceira pessoa do singular, ele, é assim chamada porque, na visão estruturalista da enunciação, a não-pessoa, ele, se opõe às pessoas, eu e tu. Essa tríade enunciativa, eu, tu, ele, é o sustentáculo de todas as relações que se estabelecem no território pessoal e não-pessoal, na língua/discurso e na língua/sistema, na subjetividade e na objetividade da enunciação. Essa distinção entre pessoas e não-pessoa é transversal a toda a teoria, que tem como suporte teórico a ciência do signo de Ferdinand de Saussure, que entende a língua como um sistema, e a ciência das significações de Michel Bréal, que considera a língua em uso. Esse estudo, portanto, em um primeiro momento, reúne as reflexões de: a) Benveniste, que concebe a enunciação como um ato individual de fala que tem sua referência na instância de discurso, isto é, no aqui-agora do locutor; b) Bréal, que entende a subjetividade como parte constitutiva da língua e acredita que só a língua em uso deve ser objeto de verificação; c) Saussure, para quem a língua é um sistema de signos cujas relações são opositivas e internas ao sistema, sem qualquer referência ao que lhe é externo. O segundo passo foi a pesquisa da terceira pessoa pronominal e verbal nos dicionários e gramáticas em busca da não-pessoa. Como a questão da referência é um divisor de águas em toda a teoria, ela foi discutida em um terceiro momento quando o estatuto enunciativo da nãopessoa foi abordado. Ao final deste trabalho foi apresentado um estudo feito por Benveniste sobre a frase nominal, que é um exemplo da possibilidade de se analisar a não-pessoa, já que a frase nominal é um caso típico da mesma. Como esta dissertação optou por um estudo intrateórico da obra de Benveniste, escrita entre os anos de 1939 e 1970, o corpus é composto por artigos que se encontram nos livros Problemas de Lingüística Geral I e Problemas de Lingüística Geral II. |