Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Renata Cardoso |
Orientador(a): |
Verrastro Viñas, Laura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/49280
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Resumo: |
Homonota uruguayensis é uma espécie pouco conhecida, sendo o único Geco nativo do Rio Grande do Sul, ocorrendo no oeste e nordeste do Uruguai e sul-sudoeste do Rio Grande do Sul. Essa espécie é terrestre e restrita aos afloramentos rochosos de arenitobasalto da região da campanha, apresentando hábitos noturnos e diurnos. Utiliza como refúgio pedras sob substrato pedregoso e fendas nas rochas. Homonota uruguayensis é um predador do tipo senta-espera, no qual sua dieta baseia-se em artrópodes. O presente estudo teve como objetivo conhecer alguns aspectos ecológicos de uma população de Homonota uruguayensis, abrangendo parâmetros tais como: ritmo de atividade, dinâmica populacional e área de vida dos indivíduos da espécie. O estudo foi realizado no município de Rosário do Sul (30º 13 ‘ 39’’ S; 55º 07’ 37,1’’ W), localizado na região centro-oeste do Estado do Rio Grande do Sul. A saídas de campo foram sazonais e com duração de 13 dias. Os dias de trabalho foram divididos em turnos de 6h sendo eles: 0h- 6h, 6h-12h, 12h-18h e 18h-24h. Foi utilizada a técnica de procura ativa e captura manual para a amostragem dos indivíduos. Para o estabelecimento da área de vida e da estrutura populacional foi realizada a técnica de marcação-recaptura e para o estudo da atividade foi registrado, no momento da captura, a atividade do lagarto. Foi estimada a área de vida dos indivíduos através do método do Mínimo Polígono Convexo e o deslocamento para indivíduos que foram recapturados apenas uma vez. Para todos os casos foi analisada a existência de diferenças ontogenéticas, intrasexuais e sazonais. A sexagem foi realizada apenas para os indíviduos adultos, atraves da técnica de espéculo cloacal. A marcação foi realizada com colocação de anilhas de alumínio numeradas, que foram adaptadas de anilhas metálicas utilizadas normalmente para a marcação de morcegos. Foram marcados 790 indivíduos de Homonota uruguayensis e ocorreram 290 recapturas. Não foi possível marcar indivíduos com tamanho menor de 27mm. A marcação com anilhas de alumínio mostrou-se eficiente no presente estudo. É uma marcação fácil de ser usada em campo e que possui precisão total na identificação individual. Homonota uruguayensis apresentou variação na estrutura populacional ao longo do estudo, com a máxima densidade e biomassa ocorrendo no outono de 2010. Ocorreu diferença significativa entre o número de adultos e jovens registrados, sendo os adultos presentes durante todas as estações, enquanto os jovens tornaram-se mais expressivos no outono e no verão. A população de Homonota uruguayensis apresentou uma estrutura populacional com variação cíclica e sazonal, associado possivelmente ao ciclo reprodutivo da espécie, tendo diferenças na distribuição das classes de idade ao longo do ano. A espécie apresentou hábito diurno e noturno nas quatro estações, com períodos de atividade diária variando significativamente entre todas as estações de forma cíclica e multimodal, não havendo relação significativa com as temperaturas ambientais. Não ocorreu diferença da atividade entre os sexos e as classes de idade. A maioria dos lagartos ativos foi encontrada em temperaturas do ar que variaram de 13°C a 30,9°C e em temperaturas do substrato entre 11°C e 32,9°C. Não houve diferenças entre áreas de vida e deslocamentos não reprodutivos e reprodutivos para H. uruguayensis. Fêmeas apresentaram maiores áreas de vidas e deslocamentos que machos possivelmente relacionados com a presença de ninhos comunitários na espécie. Não foi possível realizar comparações entre adultos e jovens devido à dificuldade de recapturar indivíduos jovens. |