Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Juliana Proenço de |
Orientador(a): |
Zielinsky, Monica |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/236489
|
Resumo: |
Esta dissertação apresenta uma investigação sobre possíveis permanências e/ou ressurgências de práticas artísticas, políticas e sociais da ditadura militar (1964–1985) na atualidade do Brasil, a partir do estudo de duas obras de arte criadas nos anos 1960 e retomadas nos anos 2010. São elas: Um X, de Carmela Gross (1946), cujo projeto, de 1968/69, foi exibido apenas em 2018, na exposição AI-5 50 anos: ainda não terminou de acabar, no Instituto Tomie Ohtake (SP); e Arte física: mutações geográficas: fronteira vertical (Yaripo), de Cildo Meireles (1948), projetada em 1969 e executada em 2015, no 34º Panorama da Arte Brasileira no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Este estudo visa, em linhas gerais, encarar a sensação difusa e premente de retorno e/ou manutenção de tendências ditatoriais hoje, no Brasil. O recorte temporal e temático justifica-se pela flagrante escalada de discursos e manifestações de negação e até de exaltação da ditadura militar na atual esfera pública do país. Aplica-se, como metodologia, na análise dos entrelaçamentos díspares e inacabados entre passado (ditatorial) e presente (formalmente democrático), uma abordagem histórica anacrônica, com base nos estudos de Georges Didi-Huberman. A pesquisa investiga os liames históricos, políticos e sociais das obras estudadas, a partir das seguintes questões: quais impactos as interrupções e as retomadas de Um X e Fronteira vertical produziram sobre os trabalhos? Tais intercorrências guardam ligações com os contextos em que as obras foram interrompidas? E nos quais foram retomadas? Busca-se, assim, reforçar a memória e os estudos sobre a arte e a repressão no meio artístico no país durante os anos 1960/70 e também no presente. |