Envelhecimento e flamabilidade de formulações de polipropileno reforçado com fibras de vidro

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Albani, Fracieli
• Orientador(a): Amico, Sandro Campos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Compósitos termoplásticos; Compósitos poliméricos
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218633

Os termoplásticos têm uma ampla aplicação em nosso cotidiano, e isto em muito se deve pela fácil incorporação de aditivos para a modificação de propriedades de interesse. Porém, alguns aditivos utilizados para uma determinada finalidade podem afetar outras propriedades do material, e este efeito pode se potencializar dependendo da sua exposição a vários ambientes e condições de serviço. Neste caso, pode haver quebra de ligações químicas, com possível degradação de propriedades físicas e mecânicas, diminuindo assim sua vida útil. Este trabalho tem como objetivo estudar a flamabilidade e o efeito do envelhecimento acelerado nas propriedades térmicas, mecânicas e colorimétricas de formulações de um compósito termoplástico de polipropileno reforçado com fibras de vidro, com características antichamas e anti-UV. As formulações foram desenvolvidas combinando estabilizadores de UV (bloqueador + absorvedor ou somente o bloqueador) e retardante de chama (halogenado ou não-halogenado). As composições foram processadas em extrusora duplarrosca e posteriormente injetadas para confecção dos corpos de prova. A caracterização foi realizada por ensaio de teor de massa residual e índice de fluidez e de flamabilidade, segundo a norma UL-94. Também foram realizados ensaios térmicos (TGA e DSC), de resistência ao impacto Izod (ASTM D256), de tração (ISO 527) e ensaios colorimétricos antes e após o envelhecimento acelerado por 1000 h em radiação UVB. Todas as formulações apresentaram propriedades antichama no teste de flamabilidade, obtendo classificação V0, e as amostras com retardante de chama não-halogenado não apresentaram gotejamento durante o ensaio e foram autoextinguíveis, um comportamento típico de retardantes de chama intumescentes. De modo geral, a incorporação dos aditivos não provocou mudanças na Tc e Tm do material, porém diminuiu sua resistência mecânica comparado à amostra padrão (sem aditivos), principalmente a amostra contendo absorvedor UV e retardante de chama não-halogenado. Entretanto, esta amostra, após o envelhecimento, foi a que menos apresentou redução (<5%) nas propriedades mecânicas e nas características colorimétricas, com ∆E de 5,20, recebendo a categoria de resistência à luz II pela ASTM D4303.