Cardiomiopatia hipertrófica : avaliação genético-molecular, rastreamento de familiares e papel dos microRNAs como biomarcadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Scolari, Fernando Luís
Orientador(a): Biolo, Andreia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218977
Resumo: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a doença cardiovascular de origem genética mais prevalente. Embora a avaliação de familiares em primeiro grau para CMH seja recomendada por diretrizes internacionais através de testes genéticos, estes podem não estar disponíveis ou serem negativos. Estratégias de rastreamento de CMH baseadas em critérios clínicos ainda não foram suficientemente testadas nesta população. Além disso, é desconhecido o papel de microRNAs como biomarcadores para a doença com esta finalidade. Foram avaliados 23 probandos com CMH e 58 familiares em primeiro grau. O rastreamento clínico identificou 10 (17%) familiares acometidos pela CMH. Marcadores clínicos como sintomas relacionados à CMH, história familiar de morte súbita, sopro sistólico e eletrocardiograma (ECG) anormal demonstraram boa acurácia para detecção da doença. Contudo, ECG anormal isoladamente apresentou a melhor performance. Critérios modificados de ECG para o rastreamento de CMH entre os familiares foram capazes de elevar a acurácia da estratégia empregada. Uma revisão sistemática foi realizada para identificar microRNAs diferencialmente expressos na CMH e sua correlação fenotípica. Identificou-se 87 microRNAs em um total de 329 indivíduos estudados. Os microRNAs na CMH apresentaram padrão de up-regulation em sua maioria. Entre os analisados, evidenciaram maior correlação fenotípico o mir-21 e mais marcadamente o mir-29a. O rastreamento clínico de familiares em primeiro grau de pacientes com CMH é factível e apresenta boa acurácia, principalmente quando baseado no ECG. Os microRNAs mir-21 e mir-29a apresentam marcada expressão na CMH e poderão ser candidatos a biomarcadores para reconhecimento da doença em fase clínica e pré-clínica.