Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Jahnecka, Luciano |
Orientador(a): |
Silva, Meri Rosane Santos da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/26060
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Resumo: |
Em uma investigação das práticas torcedoras presentes em um estádio de futebol, esta pesquisa aborda a formação de memórias como elemento produtor de sujeitos. Estes torcedores mantêm vínculos muito particulares com o futebol e com uma instituição inserida no modelo de futebol de espetáculo, considerando-se a relação torcedor-torcedor e torcedor-clube. Com especial atenção aos rituais que acontecem antes, durante e depois dos jogos, o estudo traz a tona quais os dispositivos de memória são construídos a partir desses rituais. Com o auxílio da participação observante, é identificado como os torcedores do Grêmio Esportivo Brasil se relacionam e se manifestam no estádio do clube. Diante das singularidades da memória coletiva produzidas pelos torcedores – como em um jogo no ano 1946 – foram se construindo elementos que passaram a nomear a torcida através da figura do “índio xavante”. A violência e fidelidade que estão contidas nesse símbolo são produções que rondam os torcedores xavantes e com o tempo se alteram e são acessados por meio das práticas dos torcedores. Partindo da memória como elemento norteador do processo investigativo e analítico, o investimento nesta pesquisa se faz por meio de práticas sociais que toma o estádio de futebol e as práticas educativas relacionadas ao torcer como elemento de análise, tendo como foco as interações entre o fazer ciência e a produção dos sujeitos. Além disso, visa compreender como os discursos e as práticas atuam na produção de "verdades" e dos sujeitos – no caso desta pesquisa, os torcedores xavantes –, engendrados através das práticas da memória. Enfrentada pelo único limite que é a morte dos indivíduos, a memória social dos torcedores xavantes ocupa um espaço privilegiado para se pensar suas práticas torcedoras atuais. Após a criação de vínculos com o clube, realizadas por práticas cotidianas que se defrontam os sujeitos no estádio, o pertencimento clubístico parece demarcar fortemente o que se esquece e o que não se quer esquecer. Através da ligação entre torcedores e clube, encontrada em uma rede sociabilidade que é constituída dentro do Grêmio Esportivo Brasil, os torcedores se reconhecem como sujeitos torcedores deste clube. |