Comparação das adaptações neuromusculares e funcionais de mulheres idosas entre o treinamento de força tradicional e o treinamento de potência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guedes, Matheus Giacobbo
Orientador(a): Pinto, Ronei Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/274567
Resumo: O objetivo desse estudo foi comparar as adaptações provocadas pelo treinamento tradicional de força (TFT) e o treinamento de potência (TP) nas adaptações neuromusculares e funcionais de mulheres idosas após um período de 30 semanas de treinamento. Vinte e duas mulheres idosas foram divididas em dois grupos que realizaram duas sessões semanais de treinamento durante 30 semanas: o grupo de treinamento de força tradicional (GT, n=11, idade: 66,0+3,4 anos), e o grupo de treinamento de potência (GP, n=11, idade: 65,5+3,6 anos). O treinamento do GT variou de 2 a 4 séries, de 12 a 6 repetições, e de 60% a 80% de 1RM; o GP variou de 3 a 4 séries, de 8 a 6 repetições, e de 40% 60% de 1RM. Foram realizados testes de força máxima (1RM), potência de extensores joelho (EJ) e capacidade funcional através do teste de sentar e levantar 5 vezes (SL). Nenhuma participante de ambos os grupos apresentou algum tipo de lesão durante o programa de treinamento. Os efeitos do treinamento em ambos os grupos foram analisados pelo teste de equações de estimativas generalizadas (GEE). Os resultados indicaram incrementos significativos (p<0,05) nos testes de 1RM após 15 semanas (EJ = 15,3 e 7,8%, LEG = 37,4 e 36,1%, SUP = 21,1 e 25%, FLC = 26,4 e 22,5%, para GT e GP, respectivamente) sendo ainda maior após 30 semanas para ambos os grupos (EJ = 25,3 e 15,9%, LEG = 53,3 e 49,7%, SUP = 32,8 e 35,2%, FLC = 39,5 e 33,9%, para GT e GP, respectivamente), sem haver vantagens dependentes do modelo de treinamento (TFT ou TP). Ainda, incrementos significativos (p<0,05) e de magnitude similar na Pmáx (GT = 37,2% e GP = 40,3%), Pméd (GT = 30,5% e GP = 30,1%), Fpic (GT = 25,7% e GP = 32%) e Fméd (GT = 19,8% e GP = 30,4%) entre os grupos para o teste de potência a 50% de 1RM no exercício de extensão de joelho após o período de 30 semanas de treinamento. Também foram encontrados aumentos significativos (p<0,05) na espessura muscular, e qualidade muscular do músculo e vasto lateral após 30 semanas, sem diferenças entre os grupos. Com relação ao desempenho funcional, nossos resultados revelam incrementos significativos para os dois grupos, sem diferenças significativas entre os mesmos na Pmáx (GT = 8,0% e GP = 12,2%), Pméd (GT = 6,3% e GP = 11,1%), vmáx (GT = 6,5% e GP = 8,7%) e vméd (GT = 7,0% e GP = 10,8%) para o teste de sentar e levantar 5 vezes após o período de 30 semanas de treinamento, sendo que para Fpic, apenas o GP apresentou aumento significativo entre as avaliações Pós15 e Pós30 (0,9% contra -1,6% de GT).Os resultados desse estudo reforçam a indicação do TP como uma estratégia de treinamento segura e eficaz para incremento de força, potência e desempenho funcional para mulheres idosas.