Diversidade de parasitoides (HYMENOPTERA) em áreas orizícolas com manejo orgânico e convencional e análise filogenética de populações de Telenomus podisi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Gisele de Souza da
Orientador(a): Jahnke, Simone Mundstock
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184736
Resumo: Parasitoides são importantes agentes de controle biológico em agroecossistemas e sua diversidade pode aumentar com a heterogeneidade do habitat. O conhecimento sobre as espécies associadas em cada sistema é importante para entender sua dinâmica e ajudar no manejo de diversas culturas, entre elas o arroz, que incluem ambientes naturais e com interferência antrópica. Espécies de Scelioninae, Telenominae e Teleasinae (Hymenoptera: Platygastridae) destacam-se no controle biológico de várias pragas agrícolas, especialmente Telenomus podisi, embora haja alguma discordância sobre a monofilia do grupo. Assim, esta pesquisa tem dois objetivos. Primeiro, avaliar a contribuição da presença de vegetação natural próxima às áreas de cultivo do arroz e a influência de diferentes manejos da cultura (orgânica e convencional) na diversidade de himenópteros parasitoides e dentro das três subfamílias de Platygastridae através dos gradientes de distância e nos estádios fenológicos da cultura. Segundo, através do uso dos marcadores moleculares COI e ITS2, analisar as relações entre populações de T. podisi de diferentes regiões biogeográficas. Para o primeiro objetivo, o trabalho foi realizado em duas áreas de arroz, uma com manejo orgânico (MO) e outra com convencional (MC), em Nova Santa Rita, RS, durante as safras 2013/2014 e 2014/2015. As coletas foram quinzenais durante o ciclo do arroz com armadilhas Malaise dispostas a diferentes distâncias em relação à vegetação nativa próxima da cultura do arroz Para o segundo objetivo, 149 exemplares de T. podisi provenientes de 18 localidades em sete países foram amostrados, extraídos um fragmento de COI e todo ITS2 e amplificados através de primers específicos. Na primeira safra, foram 1104 indivíduos de parasitoides no MO (21 famílias) e 860 no MC (18 famílias). Na segunda safra, foram 1064 parasitoides no MO (19 famílias) e 389 no MC (16 famílias). Houve uma correlação negativa entre a distância da vegetação nativa e a abundância de parasitoides em áreas de MC. Os estágios fenológicos do arroz afetaram a composição de parasitoides no local. Dentro das três subfamílias, o total de indivíduos na primeira safra foram 268 no MO (31 morfoespécies) e 172 no MC (24 morfoespécies). Na segunda safra foram 151 indivíduos no MO (34 morfoespécies) e 93 no MC (21 morfoespécies). Os gêneros mais abundantes foram Idris, Telenomus e Baeus. Telenomus podisi, Telenomus sp.3, Telenomus sp.2 e Telenomus sp.1, foram as morfoespécies mais abundantes, respectivamente. Foram identificados 73 haplótipos de COI e ITS2. Mais de 70% dos haplótipos foram singletons e 89% foram exclusivos de uma área geográfica. Alguns haplótipos parecem estar evoluindo através de caminhos diferentes. Outros fatores podem estar exercendo pressão sobre esses haplótipos, como barreiras climáticas, deslocamento do hospedeiro e da flora associada.