A autorregulação da aprendizagem na formação de um educador matemático na modalidade a distância : uma proposta de articulação curricular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fantinel, Patricia da Conceicao
Orientador(a): Lima, Jose Valdeni de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128910
Resumo: A autorregulação é um dos vários elementos considerados essenciais no processo de aprendizagem, pode-se afirmar que um aluno autorregulado em sua aprendizagem é aquele que aprendeu a planejar, controlar e avaliar seus processos cognitivos, motivacionais, afetivos, comportamentais e contextuais; possui autoconhecimento sobre o próprio modo de aprender, suas potencialidades e limitações. Com esse conhecimento o estudante controla e regula o próprio processo de aprendizagem em direção a seus objetivos e metas. Por sua vez o professor autorregulado é capaz de auxiliar no desenvolvimento dos processos autorregulatórios de seus estudantes e oferecer oportunidades para que também autorregulem sua própria atuação. É nesta perspectiva que este estudo pré-experimental se fundamenta, na instrução direta dos processos de autorregulação da aprendizagem. Com esse intuito foi proposta uma Oficina Online de Estratégias de Estudo, com um grupo de 76 estudantes universitários do Curso de Licenciatura em Matemática a Distância, da Universidade Federal de Pelotas, universidade participante do Consórcio Universidade Aberta do Brasil. Os participantes mostraram semelhanças ao perfil do aluno virtual brasileiro, sendo a maioria do sexo feminino, com idade média de 33 anos e que exercem atividade remunerada com dedicação média de 39 horas semanais. Buscou-se avaliar o impacto no processo autorregulatório da aprendizagem e no conhecimento pedagógico do conteúdo do futuro professor de matemática. Para avaliar o impacto da experiência de ensino com adaptação do Programa de Gervásio ao contexto online, foram analisadas quantitativamente as variáveis autorregulação da aprendizagem (IPAA), o conhecimento de estratégias de aprendizagem (CEA) e o conhecimento pedagógico do conteúdo equação do segundo grau (CPC), antes e após a experiência de ensino. Também foi realizada a análise dessas variáveis em função das variáveis categóricas pessoais e acadêmicas dos participantes. Para aferir a relação entre a autorregulação da aprendizagem e o conhecimento do conteúdo pedagógico foi realizada a análise de correlação entre o IPAA (pós), CEA (pós), CPC (pós) e as variáveis categóricas - idade e rendimento acadêmico médio. Além deste conjunto de análises, foi avaliada a variável entrega da atividade. Para uma interlocução com a análise quantitativa, foi realizada a análise dos dados qualitativos obtidos através do Chat e dos Fóruns de Discussão e, por fim, foram determinadas as frequências relativas das respostas à Ficha de Avaliação da Oficina, bem como realizada a análise qualitativa das questões abertas desta avaliação. Através desta investigação foi possível verificar que o ensino dos processos autorregulatórios, na educação a distância é um constructo fundamental e viável para formação de um educador matemático, pois permitiu uma mudança significativa no conhecimento declarativo das estratégias de aprendizagem e do conhecimento pedagógico do conteúdo matemático do futuro professor. Além das mudanças cognitivas decorrentes da experiência de ensino foi possível observar outros fatores que possibilitam a gerência dos comportamentos, pensamentos e sentimentos, voltados e adaptados para obtenção de metas pessoais e guiados por padrões gerais de conduta, tais como: a identificação de fatores que influenciam a aprendizagem, a antecipação dos resultados das ações, experimentação de satisfação com o próprio esforço, crenças de autoeficácia positivas, autorreflexão, gerenciamento do tempo disponível, o monitoramento do próprio desempenho, percepção do valor do aprendizado. Pelos resultados obtidos, parece pertinente, que a competência de autorregulação da aprendizagem componha a arquitetura pedagógica de cursos de formação inicial de professores de matemática, na modalidade a distância.