Indicadores de regressão e de crescimento do primogênito no processo de tornar-se irmão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Débora Silva de
Orientador(a): Lopes, Rita de Cassia Sobreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26467
Resumo: O presente estudo teve por objetivo examinar alguns indicadores de regressão e de crescimento do primogênito, longitudinalmente, da gestação aos dois anos de vida do irmão. Foi realizado estudo de caso coletivo, do qual participaram três primogênitos e seus respectivos genitores, em três momentos de análise dos dados (no terceiro trimestre de gestação, aos doze e aos vinte e quatro meses do bebê). Os participantes pertenciam à amostra de um projeto longitudinal maior. Com as crianças, foi aplicado um teste projetivo e as mães e os pais responderam, separadamente, a entrevistas semi-dirigidas. Análise de conteúdo revelou um predomínio de indicadores de regressão do primogênito no período gestacional, tanto a partir do ponto de vista da criança quanto da mãe e do pai. Aos vinte e quatro meses, o teste projetivo revelou indicadores tanto de regressão quanto de crescimento, enquanto para os genitores continuou predominando a regressão. No que tange aos sentimentos maternos e paternos, percebeu-se culpa, preocupação e receio provocados pela regressão do primogênito, durante a gestação e aos vinte e quatro meses. Os genitores parecem ter acolhido mais facilmente a regressão durante a gestação. Ainda que tenham acolhido a regressão aos doze e aos vinte e quatro meses, também estimularam comportamento “de adulto” no primogênito. Aos vinte e quatro meses, predominaram estresse, cansaço, incômodo, impaciência frente à regressão, e orgulho, contentamento e surpresa diante do crescimento. Os resultados revelaram que a regressão foi um meio que o primogênito encontrou para enfrentar o contexto de chegada de um irmão, enquanto que o crescimento revelou a capacidade para novas conquistas ou ainda os custos de assumir novas responsabilidades e o papel de filho mais velho. Assim, tanto as manifestações regressivas quanto as de crescimento oportunizaram um ir e vir saudável e a possibilidade de amadurecimento ou de desenvolvimento rumo à independência. As implicações desses achados que envolvem o processo de tornar-se irmão são destacadas no âmbito da pesquisa e clínico.